O deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos/SP) postou na manhã desta quarta-feira (14) um vídeo comentando a confusão ocorrida na madrugada com a jornalista Vera Magalhães, após o debate da TV Cultura com os candidatos ao governo de São Paulo. Na ocasião, o parlamentar abordou a jornalista e a hostilizou dizendo que ela é uma “vergonha para o jornalismo brasileiro”.

“Não me arrependo de absolutamente nada do que eu fiz hoje. Se é para eu pedir desculpas para alguém, não é para jornalista nenhum”, disse na gravação. O deputado afirmou ainda que registrou um boletim de ocorrência contra a jornalista por calúnia e difamação, após ela ter usado o termo “agressão” para se referir à abordagem do parlamentar.

No vídeo, o deputado estadual alega que não houve agressão. “Estou provando por A + B que não houve agressão, eu apenas questionei de maneira absolutamente legítima”, justificou o parlamentar. A jornalista também afirmou que vai registrar queixa contra Douglas Garcia.

Nas redes sociais, circulam vídeos de Douglas indo de encontro a Vera chamando de “vergonha do jornalismo” e a questionando sobre o contrato que ela tem com a Fundação Padre Anchieta. Separados por um segurança, Douglas Garcia continuou repetindo ataques a Vera Magalhães até ter o telefone celular tomado pelo diretor de redação da TV Cultura, Leão Serva.

Há dois anos, o parlamentar teve acesso ao contrato da jornalista e passou a afirmar que a profissional recebe “meio milhão de reais por ano” do governo de São Paulo. O contrato de Vera Magalhães já foi compartilhado por ela mesma nas redes sociais.

A jornalista recebe cerca de R$ 200 mil por ano. Os recursos da instituição têm origem na Lei Orçamentária Anual (LOA), que é aprovada pelos deputados da Assembleia Legislativa. Em 2020, a fundação chegou a emitir uma nota esclarecendo que apesar de receber recursos do governo, o salário da jornalista era pago por meio de anúncios veiculados na emissora.