Não há ‘via rápida’ para adesão da Ucrânia à União Europeia

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Líderes europeus descartaram nesta quinta-feira (10) o pedido da Ucrânia de aderir à União Europeia (UE) por meio de um procedimento expresso para responder à invasão russa do país, alegando que tal alternativa “não existe”.

“Não há via rápida. Isso não existe”, disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, ao chegar ao Palácio de Versalhes, onde uma cúpula do bloco está marcada para reafirmar o apoio à Ucrânia.

Em consonância com essa declaração, o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse que “não podemos dar aos ucranianos a impressão de que tudo pode acontecer em um dia”.

Chegando para a cúpula da UE, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os líderes do bloco discutirão a situação na Ucrânia como “um membro de nossa família europeia”.

“Queremos uma Ucrânia livre e democrática, com a qual compartilhamos um destino comum”, disse a alta funcionária alemã.

O pedido da Ucrânia de adesão “acelerada” à UE expôs divisões claras dentro do bloco. O governo ucraniano apresentou formalmente um pedido de adesão, mas geralmente esse processo leva vários anos.

Atualmente, Albânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia são formalmente reconhecidos como países candidatos.

No caso da Turquia, as negociações se arrastam há mais de duas décadas, mesmo que estejam virtualmente paralisadas desde 2016.

O último país a aderir à UE foi a Croácia, em 2013, após as negociações, iniciadas em 2005, terem durado oito anos, e os últimos capítulos tenham sido finalmente concluídos em 2011.