CIDADE DO VATICANO, 17 FEV (ANSA) – O papa Francisco enviou nesta sexta-feira (17) uma mensagem aos líderes religiosos e comunitários que participam do Encontro dos Movimentos Populares na cidade de Modesto, na Califórnia, nos Estados Unidos, e ressaltou que “nenhum povo é criminoso e nenhuma religião é terrorista”.   

“Há indivíduos fundamentalista e violentos em todos os povos e religiões. Com generalizações intolerantes eles se tornam mais fortes porque se alimentam de ódio e xenofobia. Ao confrontar o terror com o amor, trabalhamos pela paz”, afirmou o líder da Igreja Católica.   

Na mensagem, ele voltou a abordar os conceitos de “muros e medo”, “pontes e amor”. “Sem querer me repetir, essas questões desafiam nossos valores mais profundos. Sabemos que nenhum desse males começou ontem. Há algum tempo, a crise do paradigma predominante nos confrontou. Estou falando de um sistema que causa enormes sofrimentos à família humana, atacando simultaneamente a dignidade das pessoas e nossa Casa Comum, a fim de sustentar a tirania invisível do dinheiro que só garante os privilégios de alguns”, escreveu ele.   

Francisco ainda pediu ajuda dos movimentos para tentarem acabar com as mazela e afirmou que o medo não deve paralisar as pessoas e é preciso enxergar as oportunidade que cada crise traz.   

“As feridas estão lá, elas são uma realidade. O desemprego é real, a violência é real, a corrupção é real, a crise de identidade é real, o esvaziamento das democracias é real. Não vamos cais na negação. O tempo está se esgotando. Vamos agir”.   

Além disso, o Pontífice afirmou que “as feridas sociais causadas por um sistema econômico desumano e generalizada pode ser tratada e curada com a atitude de um bom samaritano, tornando-se próximo das pessoas necessitadas”.   

Segundo ele, as feridas causadas quando há o deus dinheiro no centro do sistema econômico são negligenciadas e causa um enorme sofrimento para a família humana porque se baseia na busca do lucro e não na solidariedade”, completou.   

Nesta semana, Jorge Mario Bergoglio pediu respeito aos povos indígenas e disse que “não se pode permitir uma marginalização ou uma divisão de classes: primeira classe, segunda classe…integração tem que ter plena participação”. (ANSA)