Não há ‘informações credíveis’ nos arquivos de que Epstein traficou mulheres, diz FBI

Não há 'informações credíveis' nos arquivos de que Epstein traficou mulheres, diz FBI

O diretor do FBI, Kash Patel, disse nesta terça-feira (16) que não há “informações credíveis” nos arquivos da polícia federal americana que indiquem que o criminoso sexual Jeffrey Epstein traficava mulheres jovens.

“Não há informações credíveis, nenhuma”, expressou Patel durante uma audiência do Comitê Judiciário do Senado. “Se houvesse, eu teria apresentado o caso ontem” e indicado “que traficava para outros indivíduos”, acrescentou.

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Os partidários do presidente americano, Donald Trump, estão obcecados há anos com o caso Epstein e consideram que certos círculos de poder têm protegido pessoas vinculadas a Epstein no Partido Democrata e em Hollywood.

Ao passar para a oposição, os democratas também retomaram essa bandeira e agora exigem transparência sobre esses supostos “arquivos Epstein”.

Patel fez esses comentários depois de enfurecer muitos partidários de Trump com um memorando em julho que encerrou a investigação sobre Epstein.

Epstein morreu em uma cela da prisão de Nova York em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico de menores.

Patel foi criticado pelos democratas do painel do Senado por uma demissão no FBI que afetou dezenas de agentes que trabalhavam em casos criminais relacionados a Trump ou que eram percebidos como desleais ao presidente republicano.

O senador Dick Durbin, o democrata de maior destaque no comitê, acusou Patel de causar “danos incalculáveis ao FBI” e de colocar “em risco a segurança nacional e a segurança pública”.

Desde que assumiu o cargo, Trump tomou uma série de medidas punitivas contra aqueles que considera seus inimigos, demitindo funcionários do governo considerados desleais ou mirando escritórios de advocacia envolvidos em casos anteriores contra ele.

Na semana passada, três ex-funcionários de alto escalão do FBI apresentaram uma ação contra Patel por sua demissão, alegando que foram vítimas de uma “campanha de represálias” devido a uma suposta “incapacidade de demonstrar lealdade política suficiente”.