Não prometa o regime que nunca vem, a tolerância com quem não merece, o apoio a quem já te cansou e a tal mudança de hábitos assustadora.

Não prometa parar de fumar, de beber, de dormir de madrugada, de assistir à TV até o sol raiar, de dormir até tarde e começar a caminhar às seis da manhã.

Não prometa trabalhar mais, trabalhar menos, visitar seus pais, não comer chocolate – ou só nos fins de semana – e separar a gordura da picanha.

Não prometa não brigar com a esposa, com o marido, com o namorado ou a namorada, com os filhos ou os pais, com o ‘vizinho mala’ do andar de cima.

Não prometa ganhar mais dinheiro, trocar de carro, fazer aquela viagem adiada, poupar, ao invés de gastar tudo o que tem, nem de nunca mais parcelar a fatura do cartão.

Não prometa ir ao médico, começar a meditar, estudar outra língua, fazer pós-graduação, mudar de emprego, nunca mais votar errado ou não beber até vomitar.

Não prometa ser quem você não é, fazer o que não gosta ou, o que é sempre muito pior!, não fazer o que gosta. Sim. Faça o que gosta, sempre que puder.

Promessas não são profecias. Promessas não têm poder. Promessas não são autorrealizáveis. Promessas apenas aprisionam e cobram o preço quando falham.

Seja quem você é, com seus acertos e erros, suas qualidades e seus defeitos, suas manias, seus bons e maus hábitos, seus vícios e… apenas tente ser melhor!

A felicidade começa com a liberdade. Liberdade de escolhas, inclusive. Aceite as suas (escolhas) e viva um ano novo mais leve, mais possível, mais feliz.

Daí, sobrando tempo, sem culpa, apenas por vontade própria, aí sim!!, faça tudo aquilo que sempre prometeu, mas que não cumpriu nem realizou. Afinal, nunca é tarde pra tentar.

Feliz 2022.