O ministro da Cultura, Marcelo Calero, que assumiu há dois meses o cargo, afirmou nesta sexta-feira, 29, que o ministério se encontrava em uma situação de “caos administrativo” quando ele chegou à pasta. “Estava desmontado. Tínhamos orçamento de R $ 400 milhões até o fim do ano, o que não nos permitiria sobreviver até lá, e uma dívida de R$ 1 bilhão.”

Calero comentou sobre as exonerações de funcionários comissionados, anunciada nesta semana, e foi direto ao falar sobre substituições em cargos de chefia, criticadas pelos funcionários por resultar em descontinuidade dos projetos em andamento. Segundo ele, “não existe pessoa vital”. “A gente tem que parar de ‘fulanizar’ as coisas, tem que mudar essa cultura no Brasil.”

Dentre as 81 demissões anunciadas nesta semana, ele informou que “entre 45 e 50” postos serão ocupados por servidores de carreira. As nomeações saem em 15 dias. As demais vagas serão fechadas. “A gente fez um movimento bastante importante de valorização do serviço público de carreira. É uma mudança de paradigma, e sempre há um ruído”, justificou. O nome do produtor Osvaldo Massaini Filho, que havia sido anunciado para a direção da Cinemateca Brasileira, está em reanálise, depois da divulgação de que ele é investigado por estelionato.

O ministro disse ainda que a economia que está sendo feita agora pode ajudar o ministério a tirar do papel ideias como a retomada do Projeto Pixinguinha, de circulação nacional de shows.


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