O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, foi o convidado da live de Istoé nesta terça-feira (18). Em conversa com o diretor de redação da revista, Germano Oliveira, o tucano fez uma análise do cenário político nacional, das eleições municipais – “teremos candidatos em centenas de cidades” – e do PSDB frente a corrida eleitoral para 2022.

Ele reafirmou que seu partido lançará candidato à presidência da República. Na live, deu a entender que este nome será o do atual governador de São Paulo, João Dória. No bate-papo, ele disse que os tucanos terão a missão de tentar construir uma frente ampla do centro para encarar a corrida eleitoral.

“O PSDB pagou um preço eleitoral alto em 2018. Não existe pena perpétua para partidos políticos. O PSDB continuará olhando pra frente e terá protagonismo ao longo deste ano”, ressaltou.

Bruno, que já foi deputado federal por três mandatos consecutivos, falou sobre a atuação do Congresso Nacional, sobre reformas, meio ambiente, saúde, educação e analisou a composição de forças políticas dentro do parlamento.

Para ele, independente do PSDB apoiar as medidas encaminhadas pelo governo federal, a legenda não abandonará o programa partidário.

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“Nós fizemos as nossas entregas. Falta coragem ao presidente fazer a reforma administrativa. A cabeça de Bolsonaro é corporativa”, avalia.

Pernambucano,  foi ministro da Cidade no governo Michel Temer (MDB) e avaliou como o país tem enfrentado a pandemia do novo coronavírus, além de ter criticado o comportamento do presidente diante da pandemia.

“Bolsonaro deu um exemplo muito ruim para população. Bolsonaro errou ao não liderar o processo. A capacidade do presidente de liderar a crise é deficitária. Faltou comando. Bolsonaro agiu muitas vezes como chefe de facção eleitoral ao criar uma falsa dicotomia entre economia e saúde no enfrentamento à crise sanitária”, diz.

Na conversa, o ex-parlamentar diz que rejeita qualquer movimento da legenda para punir os tucanos denunciados ou investigados por suposto malfeitos políticos, como o deputado Aécio Neves, o senador José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin

“Cabe a nós darmos um voto de confiança para eles se defenderem”, disse.

Bruno Araújo disse que o caminho do partido é a oposição ao governo de Jair Bolsonaro e, por isso, aguarda uma maior definição do deputado federal Celso Sabino para um possível expulsão do parlamentar do ninho tucano. O parlamentar foi indicado para ser líder da maioria na Câmara dos Deputados.

No desenho político nacional traçado pelo tucano, mesmo passando por um momento de crise, o PSDB continua protagonista no processo sucessório de Bolsonaro.

“O PSDB não funciona na pessoa física, mas na pessoa jurídica, enquanto instituição.” Para ele, o governador de São Paulo, João Doria, é um dos quadros no exercício da política do PSDB que deverá carregar o nome da legenda em 2022. “O PSDB vai construir um projeto para 2022 que esteja distante do petismo e do bolsonarismo”, entende.


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