Se atestado de sanidade fosse mandatório para a Presidência da República, Jair Bolsonaro nem mesmo teria assumido. E aqui não vai qualquer tipo de ofensa ou pretensão de exercer, indevida e ilegalmente, o exercício de uma profissão que não domino, mas uma opinião amparada em falas e atitudes cada vez mais compatíveis com um grave quadro de doença psíquica.

Não há no Brasil, no mundo ou na Via Láctea quem, gozando de plenas faculdades mentais e isenção ideológica, e de ‘padrões mínimos’ de moral, ética e bons valores, sobretudo humanos, republicanos e democráticos, que considere Bolsonaro são e capaz de governar. O que era considerado método, estratégia política ou um simples desvio de personalidade hoje mostra-se algo muito pior e mais perigoso.

Jair Bolsonaro é um homem visivelmente perturbado e atormentado, perdido em um labirinto muito próprio, onde cada porta aberta o conduz para um nível ainda pior de alienação, isolamento e descolamento da realidade. Para piorar, cercou-se de gente tão ou mais atormentada; tão ou mais intelectualmente limitada; tão ou mais incapaz de exercer qualquer tipo de atividade que impacte a vida de terceiros.

A agressividade de suas falas, sempre truncadas, ilógicas e quebradiças na forma e no conteúdo, agrava os efeitos e consequências que sua doença traz ao País. Hoje, mais de trinta anos após a redemocratização, Bolsonaro ressuscitou um defunto que parecia profundamente adormecido: militares com aspirações golpistas. Aliás, ele vem se especializando em ressuscitar os ‘mortos’; Lula está aí para provar.

O Brasil encontra-se paralisado e à espera de um desfecho – clínico ou institucional – cada vez mais urgente. Um País com tantos e tamanhos problemas de ordem social e econômica, com impactos tão profundos na vida de todos, não pode ficar a mercê da ‘psicopatia sociopata esquizofrênica homicida e tirânica’ de ex-chefe de Estado – sim; Bolsonaro não é, se é que algum dia foi, o chefe de Estado do Brasil.

Devagar, par e passo, as Instituições democráticas começam a reagir de forma unida e proporcional ao tamanho da ameaça. O Poder Judiciário fez o mais importante dos movimentos. Partes do Legislativo e da imprensa, sindicatos, empresários… Não são poucos os gritos de resistência. Mas o tal ‘povo’ precisa se mexer. Omitindo-se, fará parecer que os lunáticos são a maioria. E não são! Nunca foram. Esse é o recado que os agentes do caos precisam receber.