O sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, de 53 anos, foi preso no dia 15 de maio após ter matado a tiros os colegas de profissão Josias Justi e Roberto Aparecido da Silva dentro da 3ª Companhia do 50° Batalhão de Polícia Militar, localizado no município de Salto, em São Paulo. Após a detenção, o agente afirmou que “ele não deveria ter destruído a minha vida”.

O caso:

  • O programa Fantástico, da TV Globo, teve acesso com exclusividade ao vídeo no qual o sargento, já algemado, explica a motivação do crime;
  • “Não aguento mais. Não estou dormindo. Meu casamento acabou”, disse Gouveia, que é casado com uma policial militar que atua na mesma unidade;
  • O sargento já havia reclamado algumas vezes das escalas de trabalho dele e da sua esposa. “Ele não devia ter destruído a minha vida, ele destruiu a minha vida. Então é isso aí, elas por elas. Esse é o motivo pelo qual aconteceu, porque em nenhum momento ele voltou atrás e ninguém transferiu esse cara daqui. Então, eu não tenho o que fazer. Acabou. Se alguém quiser ouvir é isso aí, esse é o depoimento, tá bom? Muito obrigado”, acrescentou;
  • No dia do crime, o sargento registrou no sistema da corporação que iria fazer um treinamento. No entanto ele entrou armado com o um fuzil no batalhão, invadiu a sala do comandante e atirou contra os dois colegas;
  • Depois, Gouveia se entregou a outro colega de profissão. O sargento foi detido em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após passar por audiência de custódia no Tribunal de Justiça Militar, no dia 19 de maio;
  • Atualmente, ele encontra-se detido no presídio militar Romão Gomes, localizado na zona norte de São Paulo;
  • A IstoÉ não conseguiu contato com a defesa do sargento para comentar o caso. O espaço permanece aberto para possível manifestação.