CASTEL GANDOLFO, 15 AGO (ANSA) – O papa Leão XVI lamentou nesta sexta-feira (15) que “infelizmente” todos se sintam “impotentes diante da propagação da violência no mundo”, mas pediu que as pessoas não se resignem à ” prevalência da lógica do conflito e das armas”.
O apelo foi feito durante a oração do Angelus na Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo, onde passa um período de descanso, diante de mais de 2,5 mil fiéis, incluindo o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, após a missa por ocasião da Festa da Assunção de Maria.
Leão XIV rezou para que o exemplo de Maria convença a todos “algum dia do valor da vida humana, e que vidas humanas nunca mais fossem desperdiçadas ao desencadear guerras”.
“Infelizmente, nos sentimos impotentes diante da disseminação da violência no mundo, cada vez mais surdos e insensíveis a qualquer impulso humano. No entanto, não devemos perder a esperança. Deus é maior que o pecado”, acrescentou.
Na sequência, Robert Prevost apelou: “Não devemos nos resignar à lógica predominante do conflito e das armas. Acreditamos que o Senhor continua a ajudar os seus filhos, recordando a sua misericórdia, que apenas foi derramada”.
O líder da Igreja Católica enfatizou ainda que “é possível reencontrar o caminho da paz.” Mais cedo, ele já havia afirmado em sua homilia que “as comunidades cristãs pobres e perseguidas, as testemunhas de ternura e perdão em locais de conflito, os pacificadores e construtores de pontes em um mundo fragmentado são a alegria da Igreja”.
Durante o Angelus, o Papa também citou o poeta italiano Dante Alighieri, em particular o último canto do Paraíso, na oração colocada na boca de São Bernardo.
“Maria é uma fonte viva e jorrante de esperança. Irmãs e irmãos, esta verdade da nossa fé está em perfeita sintonia com o tema do Jubileu que celebramos: ‘Peregrinos da Esperança'”, disse.
Segundo o norte-americano, “o peregrino precisa de uma meta que guie o seu caminho: uma meta bela e atraente que guie os seus passos e o encoraje quando estiver cansado, que reacenda sempre o desejo e a esperança no seu coração”. (ANSA).