Gleisi Hoffmann é também conhecida como Coxa e Amante, apelido que tinha nas planilhas de propina da Odebrecht, segundo executivos delatores da empresa nos depoimentos à Lava Jato. E é a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Outro apelido – este de origem popular – é ‘Crazy Hoffmann’, por conta do jeito, digamos, acalorado. Ela é daquelas que ‘matam e morrem’ pela quadrilha, digo partido, e desconhece limites na defesa do chefe do bando, o meliante de São Bernardo.

Certa vez a deputada me processou. Não gostou dos adjetivos pouco lisonjeiros que usei para qualificá-la quando culpou – acreditem!! – as privatizações de FHC pela tragédia ocorrida com a barragem da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais.

Na audiência, fizemos um acordo e tudo como dantes; cada um seguiu seu rumo. Eu continuei sendo esse combatente feroz dos políticos vagabundos e ordinários que infestam este pobre País, e ela, a fiel escudeira de um grupo de ‘santinhos’. Tanto é que, nesta quinta-feira (26/8), a ex-esposa do ex-ministro petista Paulo Bernardo, enrolado até o último fio da calva com processos criminais relativos a desvio de dinheiro de aposentados, soltou a maior e mais ridícula de suas pérolas.

Disse ela: ‘se tem alguém com moral para discutir sobre corrupção, somos nós do PT’. Sim, é sério! Não estou inventando, não. E a moça não estava fazendo ‘stand up comedy’ durante uma convenção partidária. Ela realmente pensa assim.

Eu adoraria dizer aqui mais alguns impropérios – dos bons! – para Miss Crazy, mas ‘quem tem advogado caro, tem medo’, hehe. Vai que ela não gosta e me processa outra vez. Para um petista-raiz, liberdade de expressão só vale se for a favor. Então, ficamos assim: ‘o PT tem moral para discutir corrupção’. Eu acho que tem é ‘expertise’. Mas se Gleisi falou, tá falado. Logo iremos assistir a Lula dizer que sua alma ainda é ‘a mais honesta desse paíff’. Na boa, essa gente se merece! O diabo é que eu, não.