‘Não consegui dormir’, diz Nico Gonçalves sobre caso de mulher que foi arrastada

Osvaldo Nico Gonçalves, novo secretário da Segurança Pública de São Paulo, disse que ficou chocado com o caso da mulher que foi arrastada e atropelada na zona norte da capital paulista.

“Eu não consegui dormi. Acompanhei ela de perto”, disse. O delegado considerou o crime “lastimável” e afirmou que “ora pela vítima todos os dias”.

Segundo o secretário, a proteção à mulher será uma das prioridades de sua gestão. Nico assumiu nesta segunda-feira, 01, comando da pasta, após a saída de Guilherme Derrite, que deixou o governo para voltar o Congresso.

Nico tem 68 anos de idade e ocupou diferentes posições na segurança pública. Atuou como chefe da Delegacia Antissequestro e como delegado-geral da Polícia Civil na gestão Rodrigo Garcia, em 2022.

Também foi fundador do primeiro Grupo de Operações Especiais (GOE) e também chefiou as equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra).

Prisão de Fabrício Queiroz

Em 2020, Nico comandou a equipe que prendeu Fabrício Queiroz em Atibaia, no interior de São Paulo. No total, foram mobilizados 15 policiais e cinco viaturas para a ocorrência, sendo que o alvo da operação só foi revelado duas horas antes de os agentes chegarem no local.

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Queiroz foi encontrado na casa de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

Ele foi preso após denúncia do Ministério Público por suposto envolvimento em um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Queiroz foi solto em 2021 por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Roger Abdelmassih, ex-médico condenado por estuprar dezenas de pacientes

Outra prisão midiática conduzida pelo delegado foi a do médico Roger Abdelmassih em 2014, condenado por estuprar dezenas de mulheres no consultório em que atendia. Mais um caso foi a captura de Maurício Hernandez Norambuena, líder do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.

O primeiro caso de grande repercussão de Osvaldo Nico foi de outra natureza. Em 2005, o delegado deu voz de prisão ao jogador argentino Leandro Desábato, então no Quilmes, por cometer racismo contra o atacante Grafite, que estava no São Paulo, durante um jogo da Libertadores. Nico estava presente no estádio para coibir a extorsão de flanelinhas a motoristas, tomou conhecimento do caso e prendeu o argentino ainda no gramado.