Nanda Costa abriu o jogo e contou em uma entrevista sobre o medo que teve ao assumir a sua sexualidade. A atriz conversou com a revista Quem e disse que temia que sua carreira fosse destruída.

“A importância da representatividade é muito grande. Quando eu era adolescente e estava descobrindo minha sexualidade, não via nenhuma atriz falando abertamente sobre isso e trabalhando em novela, sendo capa de revista ou fazendo publicidade. Achava que eu era estranha e que se eu fosse dar margem para quem eu era de verdade, não alcançaria o meu objetivo. Era um medo profissional de não ser chamada mais para trabalhar e de colocar em risco todo o sacrifício que fiz para ser atriz”, contou.

O receio era tanto que, mesmo com a carreira consolidada, ainda teve medo de que o seu relacionamento com Lan Lahn e, consequentemente sua orientação sexual, fossem expostos.

“Eu ficava tensa. A gente ia em festa em carros separados. Lá dentro ficava trocando WhatsApp com a Lan para avisar quando tinha fotógrafo por perto. Quando a gente estava na praia, eu falava: ‘Se afasta porque tem paparazzi atrás daquela barraca’. Quando a gente ia tirar foto com amigos, não ficava do lado dela para não chamar atenção. Parecia que eu ia ser pega no erro, enquanto na verdade estava tudo certo”, revelou Nanda.

“Isso nunca gerou brigas entre nós. A Lan sempre foi muito leve. Ela só me falava: ‘Fe, para de sofrer. Se você fica mais tranquila em ir em carros separados, tudo bem, mas você não deve satisfação para ninguém’. Na praia, quando eu pedia para ela se afastar, ela ia para o lado. Quando a gente via a foto no jornal ela falava: ‘Eu tô gatinha?’. Essa leveza dela em respeitar o meu tempo me ajudou muito. A Lan é o sol da minha vida. Ela é uma companhia maravilhosa. Tanto é, que nem na pandemia, a gente brigou”, diz ela, que celebra agora em janeiro sete anos de união.