Por muitos anos marginalizado e discriminado, o funk encontrou espaço para difundir suas batidas, estética, cultura e até mesmo um dia nacional para chamar de seu, comemorado neste sábado, 12 de julho. Voz por trás de sucessos que atravessam gerações, Naldo Benny, aproveitou a ocasião para reverenciar o gênero mais popular do Brasil, ao revisitar suas raízes com seu novo hit “Estica E Puxa”. A música é uma parceria do cantor com MC GW e chega nas plataformas digitais nesta mesma data.
Com produção do próprio cantor, em conjunto com Márcio Tavares e DJ Luca, “Estica E Puxa” é definida por Naldo como um “funkão”, que promete embalar o público na variação perfeita entre os 130 e 140 bpm. Além de uma paleta sonora que explora elementos musicais modernos, como a bateria digital, os tambores e um tempero brasileiro muito importante: a alegria. “Esse lançamento é muito especial para mim, porque além de celebrar os meus 25 anos de carreira, também representa o meu agradecimento a tudo que o funk trouxe para a minha vida”, conta Naldo.
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“’Estica e Puxa’ é uma música que tem uma característica muito favela, e eu gosto muito disso. É algo bem clássico, voz e tambor. Eu brisei nessa parada e convidei o GW, que tem uma voz marcante, moleque que como pessoa é brilhante e talentoso também”, acrescenta o artista, que apesar de ter laços muito fortes com o Pop, contou que o projeto o levou a uma emocionante viagem de volta as suas raízes no funk, e as lembranças de alguns preconceitos que chegou a sentir na pele, antes do gênero ganhar todo o reconhecimento que tem hoje.
“Eu quebrei protocolos, paradigmas e a pedreira que existia. Vivi muitos problemas que existiam no funk. Por exemplo, as rádios jovens eram muito preconceituosas, então lembro de um momento no Rio de Janeiro, que não quero falar nome, mas sendo bastante específico, ela não falava os nomes dos MCs. O Mr. Catra era tratado como o MC Infiel, o Sapão era o MC Tranquilão e, quando começaram me anunciar foi como o MC do Chantilly. Lembro que pra gente pegar taxi, era difícil. E que antes de ser muito reconhecido, na roda de amigos com poder aquisitivo maior, eu falava que cantava funk e olhavam atravessado. E uma série de outros preconceitos que nós do funk tivemos que passar até ele se tornar o que é hoje”.
Com clipe ambientado na comunidade artista, a Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, “Estica E Puxa” faz parte do projeto do novo álbum de Pop e Funk do artista, que marca seus 25 anos de carreira, trazendo grandes participações nacionais e internacionais. “De fato o funk é a minha base. Devo tudo ao funk! Sempre inseri características do pop, na tentativa de querer fazer um funk diferenciado, mas minhas raízes estão fincadas no gênero. Então não tem como não dizer que o funk representa tudo pra mim. Então as minhas expectativas estão muito altas!”, conclui.
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