É a partida mais esperada desta edição de Roland Garros. O número 1 do mundo Novak Djokovic e o número 3 Rafael Nadal se enfrentam nesta sexta-feira nas semifinais. Um duelo pela vaga na final, mas também pela corrida para ser o tenista com mais ‘majors’ da história.

Devido ao ranking da ATP e seu impacto na configuração da tabela, o confronto entre o espanhol, com 20 títulos de Grand Slam – assim como Roger Federer -, e o sérvios (18 títulos), vai acontecer antes da grande decisão, no domingo.

“Era a semifinal esperada, aqui estamos”, disse Djokovic depois de conseguir se classificar ao vencer Matteo Berrettini na quarta-feira.

“Cada vez que nos enfrentamos há uma tensão extra. As vibrações são diferentes quando entro na quadra com ele”, confessou o sérvio.

– Prêmio duplo –

Uma vitória para qualquer um deles terá um prêmio duplo: o de garantir a vaga na final de domingo, e também afastar um rival direto em Paris para ser o tenista com mais títulos de Grand Slam da história, já que o suíço Roger Federer deixou o torneio por precaução após ter vencido sua partida da terceira fase.

Embora a outra semifinal, entre o grego Stefanos Tsitsipas (nº 5 do mundo) e o russo Alexander Zverev (6º) possa ser visto como um duelo que tem futuro, que poderá se repetir muitas vezes em fases decisivas do Grand Slam, é o dos veteranos Nadal e Djokovic que vai monopolizar todos os holofotes.

“É verdade que neste momento é ‘a rivalidade’, por isso para mim como torcedor é ótimo ter esse jogo, é como uma final da Liga dos Campeões”, comparou nesta quinta-feira o tenista espanhol Pablo Andújar.

E o fato de esse ‘clássico’ do tênis se repetir não faz ele perder um pingo de interesse. Ao contrário, será a 58ª vez que os dois se enfrentam, com 29 vitórias do sérvio e 28 do espanhol.

– Nadal favorito –

No saibro, no entanto, as estatísticas sorriem para Nadal, que venceu 19 das 26 partidas contra ‘Nole’, e ainda mais para Roland Garros, com 7 vitórias para Nadal e apenas uma derrota.

O maiorquino enfrenta este 58º capítulo de uma rivalidade eterna com um favoritismo sustentado por suas 105 vitórias e apenas duas derrotas no Grand Slam parisiense.

A última vez que ‘Djoko’ venceu Nadal no saibro foi em Roma, em 2016, e no total ele perdeu três finais de Roland Garros para o campeão espanhol.

O sérvio também está motivado para se tornar, caso vença a final de domingo, o primeiro tenista desde Rod Laver em 1969 a conquistar os quatro ‘majors’ em pelo menos duas ocasiões.

Para Goran Ivanisevic, que treina o sérvio ao lado do eslovaco Marián Vajda, o choque dos dois gigantes nas semifinais é uma boa notícia para os interesses de Djokovic.

“Talvez seja loucura dizer isso, mas eu gostaria que eles estivessem na mesma parte da tabela. Novak teria um desempenho melhor, na minha opinião, contra ele nas semifinais. E ‘Rafa’ é melhor na final, é psicológico”, analisou ele ao jornal L’Equipe antes do torneio parisiense.

Na direção oposta, Nadal falou após a vitória nas quartas de final contra Diego Schwartzman (10º), partida em que cedeu seu único set nesta edição de Roland Garros.

“Prefiro ele na final porque isso significa que já estou na final e, se vencer, levarei o título”, disse Nadal que vai disputar sua 14ª semifinal em seu torneio ‘de estimação’. Nas 13 anteriores, ele ergueu a Taça dos Mosqueteiros ao céu de Paris.

iga/pm/aam