(Reuters) – O campeão do Aberto da Austrália, Rafael Nadal, classificou como injusta a proibição de jogadores russos e bielorrussos competirem em Wimbledon este ano devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O All England Lawn Tennis Club (AELTC) vetou a participação de tenistas dos dois países este ano em resposta ao que a Rússia chama de “operação militar especial” na Ucrânia. Belarus tem sido uma área-chave para a invasão.

“Acho muito injusto com meus companheiros de tênis russos, meus colegas. Não é culpa deles o que está acontecendo neste momento com a guerra”, disse Nadal, 21 vezes campeão de torneios de Grand Slam, a repórteres no Aberto de Madri no domingo.

“Vamos ver o que acontece nas próximas semanas, se os jogadores vão tomar algum tipo de decisão… tem uma coisa negativa, tem coisas que são claras. Quando o governo impõe algumas restrições, você só tem que segui-las.”

O presidente do AELTC, Ian Hewitt, disse que a orientação do governo britânico não permitia que os jogadores competissem no evento com base em seus rankings e havia duas opções disponíveis –recusar inscrições ou permitir inscrições, mas apenas com declarações específicas por escrito de atletas individualmente.

O britânico Andy Murray, ex-número um do mundo, disse que não há uma resposta certa sobre o assunto.

“Não tenho certeza se me sentiria confortável se algo acontecesse com um dos jogadores ou suas famílias (como resultado da assinatura do formulário)”, disse Murray.

“Acho que não há uma resposta certa. Falei com alguns jogadores russos… alguns jogadores ucranianos. Eu me sinto muito mal pelos atletas que não podem jogar e entendo que vai parecer injusto para eles. Mas também conheço algumas das pessoas que trabalham em Wimbledon e sei o quão difícil era a posição em que estavam.”

(Reportagem de Dhruv Munjal e Shrivathsa Sridhar em Bengaluru)

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