Maddie Groves, de 26 anos, decidiu contar que sofreu abuso sexual dos seus 13 aos 18 anos de idade por um homem que a nadadora decidiu não revelar a identidade. No entanto, a atleta fez questão de ressaltar que o suspeito ainda trabalha na linha de frente do esporte australiano atualmente.

Medalha de prata nos Jogos do Rio 2016, o revezamento 4×100 metros medley e nos 200m borboleta, a australiana optou por não disputar as classificatórias para a Olimpíada de Tóquio como forma de protesto. Segundo Maddie, a nadadoras australianas sofrem com uma cultura ‘tóxica e misógina” na modalidade.

“Acho que minha experiência de tentar fazer reclamações sobre outras pessoas no esporte foi tão desanimadora que realmente não me fez sentir que prestar uma queixa sobre essa pessoa seria diferente das outras. E eu acho que se eu fizesse uma reclamação, eu realmente não acho que nada seria diferente disso”, relatou a nadadora em entrevista à ABC.

“É obviamente um processo enorme emocionalmente e leva muito tempo, e não necessariamente acaba funcionando bem. Eu tive algumas outras amigas e pessoas que eu conheço na natação que foram abusadas sexualmente e agredidas, e elas passaram por esse processo. É algo desconfortável ter que falar e lidar com isso, mas não é minha culpa, e só espero que, ao falar sobre essas coisas, isso seja levado a sério e que haja proteções postas em prática”, completou.

Reprodução Instagram

Sobre o caso, a Swimming Australia, responsável pela natação no país, emitiu um comunicado no qual explica que tentou ajudar a nadadora, mas que Maddie decidiu não entregar para entidade as informações necessárias.

“A Sra. Groves solicitou e foi concedida uma reunião com o presidente Kieren Perkins e o ex-CEO Alex Baumann e foi oferecida todas as oportunidades para levantar suas queixas e preocupações. Nesta reunião, a Sra. Groves levantou preocupações em relação a um treinador em nosso sistema. Essas alegações foram objeto de uma investigação independente de três meses conduzida pela Q Workplace Solutions. A Sra. Groves teve várias oportunidades para discutir as queixas, incluindo a participação em uma entrevista com um investigador independente. A Sra. Groves foi solicitada a fornecer mais informações para auxiliar o processo de investigação, mas ela se recusou a fazê-lo. O investigador acabou determinando que a queixa contra a Swimming Australia não tinha fundamento”, explicou a Swimming Australiano documento.

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A entidade máxima da natação no país também ressaltou que as acusações de Maggie foram encaminhadas para a Polícia de Queensland.


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