O nadador chinês Sun Yang, tricampeão olímpico, classificou nesta terça-feira de “intoleráveis” os rumores que o cercam devido a um exame antidoping polêmico no ano passado, pelo qual será ouvido pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

“A opinião pública, mal informada, deturpou os fatos”, se defendeu nas redes sociais o nadador, herói na China, mas visto como um trapaceiro por muitos de seus rivais nas piscinas. “Meu treinamento e minha vida pessoal foram muito perturbados e isso ficou intolerável”.

Sun afirmou ter pressa para dar sua versão dos acontecimentos, mas se mostrou misterioso ao citar o polêmico exame antidoping: “Há algo que não posso dizer, não posso tornar pública a verdade. Mas, felizmente, as câmeras de segurança gravaram tudo, senão eu não conseguiria me defender de acusações irresponsáveis”.

Aos 27 anos, Sun já é um dos grandes nadadores da história do esporte. Além das três medalhas de ouros em Jogos Olímpicos (duas em Londres-2012 e uma no Rio-2016), o chinês também subiu no mais alto do pódio 11 vezes em campeonatos mundiais.

Suspenso uma primeira vez por três meses por doping em 2014, a carreira de Sun corre sério risco desde um exame antidoping surpresa realizado em setembro de 2018, quando o nadador teria destruído uma amostra de sangue com um martelo ao perceber que um fiscal não estava devidamente credenciado para o serviço, segundo o atleta.

Absolvido pela Federação Internacional de Natação (Fina), Sun pôde participar em julho do Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul, conquistando duas medalhas de ouro, mas também o desprezo de seus rivais.

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O australiano Mack Horton, por exemplo, se recusou a subir no pódio ao lado de Sun para receber a medalha de prata dos 400 m nado livre.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) recorreu ao TAS depois que a Fina absolveu Sun, que deverá prestar depoimento até o fim do ano diante da maior instância jurídica do esporte.

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