Após uma mudança repentina de técnico e pressionado pela turbulência fora dos gramados e a oscilação dentro dele, o Internacional entra em campo nesta quarta-feira, às 21h30, no Beira-Rio, para encarar o América-MG, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, apostando em um nome muito conhecido: Abel Braga.

O Inter, afinal, passou por uma mudança de comando inesperada. Insatisfeito com a falta de reforços, em choque com a diretoria e na mira do Celta de Vigo, o técnico Eduardo Coudet optou por deixar o clube, em saída anunciada na última segunda-feira. Preocupada, a diretoria agiu rápido e definiu a chegada de Abel.

Apresentado na terça, ele teve pouquíssimo tempo para iniciar o seu trabalho. E começará oficialmente a sua sétima passagem pelo banco de reservas do Beira-Rio nesta quarta, por uma das três competições que o time almeja conquistar nesta temporada: Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão.

“Não priorizamos nada. O Inter não ganha há muito tempo Copa do Brasil e Brasileirão. E ganhou em 2006 e 2010 a Libertadores”, avisou o treinador, em sua apresentação, motivado para a sua volta ao Inter após seis anos.

Em seu primeiro desafio nesse retorno, Abel vai manter a base que vinha sendo utilizada por Coudet. A ideia é primeiro conhecer o elenco para depois realizar algumas mudanças. E até mesmo a principal aposta será a mesma de Coudet: Galhardo, que estava suspenso no fim de semana, no empate com o Coritiba pelo Brasileirão, e retorna ao comando de ataque.

O seu companheiro no ataque é uma das dúvidas, mas Abel Hernández é o favorito para jogar ao seu lado, assim como Uendel desponta na briga com Moisés para ocupar a lateral esquerda do Inter, que tem oscilado em seus últimos compromissos. Afinal, embora seja o líder do Brasileirão, ganhou apenas dois dos últimos seis duelos que disputou, ambos diante do Atlético Goianiense e pela Copa do Brasil.

Enfrentar o América-MG no torneio mata-mata não chega a ser uma novidade para o Inter, afinal, passou pelo oponente em 2013, mas caiu em 1998. Só que nunca em uma fase tão avançada. O time mineiro, inclusive, nunca foi tão longe na competição, tendo deixado o Corinthians para trás nas oitavas de final, com vitória como visitante e empate em Belo Horizonte.

Será o que o técnico Lisca tentará repetir agora, no seu reencontro com o Inter, onde trabalhou por dez anos nas categorias de base, depois o dirigindo na reta final do Brasileirão de 2016, sem conseguir evitar o rebaixamento à Série B. Agora, tentará mais um feito marcante numa campanha já histórica para o América-MG.

Ele tem uma dúvida para definir a escalação, no meio-campo. Geovane, autor do gol do empate com a Ponte Preta no último sábado contra a Ponte Preta, disputa uma vaga no setor com Alê, que se recuperou recentemente de um edema na coxa esquerda e era o titular até ficar afastado.