SÃO PAULO, 05 JUL (ANSA) – Após uma temporada no Paris Saint-Germain (PSG), o goleiro Gianluigi Buffon oficializou seu retorno para a Juventus nesta quinta-feira (4). Ao contrário da sua última passagem pelo clube de Turim, o jogador de 41 anos atuará com a camisa número 77 e decidiu não usar a faixa de capitão da Velha Senhora.
O polonês Wojciech Szczesny queria ceder a número 1 ao goleiro italiano e o zagueiro Giorgio Chiellini também ofereceu a braçadeira de capitão. Buffon agradeceu a gentileza, mas recusou declarando que não voltou ao clube “para tirar algo de alguém ou pegar de volta”.
“Quero agradecer ao Szczesny e ao Chiellini, que me propuseram a camisa 1 e a braçadeira, mas eu não voltei para tirar algo de alguém ou pegar de volta. Eu só quero contribuir com o time. É direito do goleiro titular usar a camisa 1. E de capitão temos um grande jogador como Chiellini”, disse o atleta, em um evento na loja da Juve em Milão.
O número da camisa que Buffon usará no seu retorno à Juventus também chamou atenção. O goleiro optou pelo 77, o mesmo que vestiu durante sua passagem pelo Parma, entre 1995 e 2001.
“Pensei no 77 porque representa a minha história. Eu usei esse número no Parma e me deu sorte: eu realmente gosto. É uma grande satisfação, este clube não dá nada de graça e eu quero agradecer a todos por essa oportunidade, que me permite experimentar emoções novas e incríveis em primeira mão”, afirmou Buffon.
Essa não é a primeira vez na carreira que Buffon troca de número. Em 2000, quando ainda era jogador do Parma, o goleiro também usou a camisa 88, mas isso causou uma grande polêmica com a comunidade judaica da Itália. O número é considerado uma apologia a “Heil Hitler”, a saudação feita pelos alemães a Adolf Hitler.
Na época, o goleiro afirmou que não sabia sobre a ligação do número com Hitler e disse que tentou escolher outros, como o 00, 99 e o 69, mas foi impedido. Depois do caso, Buffon resolveu trocar a numeração.
Aos 41 anos, Buffon não deverá ser titular da Juventus. Além disso, a imprensa italiana afirma que o jogador continuará no clube após o término do contrato em um cargo na diretoria.(ANSA)