Além das visitas diárias da esposa Paola Silveira, o ex-deputado federal Daniel Silveira tem uma rotina de ler livros, exercícios físicos e até aulas de violão. Detido na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, há 45 dias, Silveira divide a cela com o ex-verador Gabriel Monteiro, além de outros detentos com nível superior.

Como Daniel se negou a cumprir as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-parlamentar acabou sendo preso. O bolsonarista está no mesmo presídio que o também ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Entre os benefícios obtidos por Daniel está a visita da esposa sem a separação de um vidro. Como Paola conseguiu a carteirinha da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, ela consegue ter contato com Silveira. A rotina carcerária foi revelada pela mulher ao jornal O Globo.

Dia a dia na prisão:

  • Leitura de 15 títulos da unidade prisional: Bíblia, “A Origem”, de Dan Brow, e “O poder do hábito”, de Charles Duhdgg, entre outros
  • Daniel tem escrito uma autobiografia com passagens da sua vida.
  • Aulas de violão
  • Exercícios físicos na medida do possível. Fora da prisão, Daniel treinava musculação e muay thai

Relembre o caso

Daniel Silveira foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2021 depois de gravar um vídeo com ataques aos ministros do STF e defesa do Ato Institucional nº 5 (AI-5), medida durante a Ditadura Militar, que caçou direitos e deu poderes ao governo para fazer o que quiser.

Com o caso no STF, a corte condenou Silveira a oito anos e nove meses de reclusão em regime inicial fechado e multa de R$ 192 mil em abril de 2022. Nesse sentido, o então presidente Jair Bolsonaro emitiu um decreto concedendo ao aliado o instituto da graça, um perdão judicial exclusivo do presidente da República que pode extinguir ou reduzir uma pena.

Eleito novamente para o cargo de deputado federal, Daniel foi detido em sua casa no último dia 2 de fevereiro. A decisão da prisão foi do ministro do STF Alexandre de Moraes pelo descumprimento de medidas cautelares, como o não uso da tornozeleira eletrônica.