Resumo:

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça que foi secretário de Segurança Pública do DF, foi preso por suspeita de omissão durante ataques terroristas em Brasília;
  • Ele está preso há três meses e perdeu 12 kg, abandonou um curso de eletricista e está com quadro de apatia e tristeza;
  • Após autorização da Justiça, ele passou a realizar serviços gerais no batalhão e iniciou um curso à distância de eletricista, mas desistiu.

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi preso há três meses por suspeita de omissão durante os ataques terroristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro. Por conta do período de reclusão, ele perdeu 12 kg, abandonou um curso de eletricista e está com quadro de apatia e tristeza.

Anderson encontra-se detido no Batalhão de Aviação Operacional, localizado em Brasília. De acordo com o Uol, em março, ele pediu autorização à Justiça para estudar e trabalhar.

Após receber o aval, o ex-secretário passou a realizar serviços gerais no batalhão, sempre acompanhado de um militar. Além disso, ele iniciou um curso à distância de eletricista.

Porém o tempo de reclusão o desanimou e acabou desistindo do curso na última semana. Interlocutores do ex-ministro relataram ao Uol que ele não está se sentindo bem e o seu estado de saúde foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela sua defesa.

Na ação, os advogados que representam Torres afirmaram que ele “chora constantemente” e encontra-se em um estado de “tristeza profunda” por não ver as filhas desde a sua prisão.

Revogação da prisão

Na segunda-feira (17), a Procuradoria Geral da República (PGR) defendeu que Anderson Torres deixe a prisão com o uso de tornozeleira eletrônica e seja proibido de deixar o Distrito Federal.

Ele também deve permanecer afastado do seu cargo de delegado da Polícia Federal e não pode ter contato com outros investigados no caso.

No mesmo dia, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou a favor da revogação da prisão do ex-ministro.