Helga Wauters, de 51 anos, foi condenada a três anos de prisão por causar a morte de uma gestante durante uma cesariana de emergência.
A belga foi condenada por homicídio culposo pela morte de Xynthia Hawke, em 26 de setembro de 2014, que morreu após uma cesárea caótica que privou seu cérebro de oxigênio, levando-a a uma parada cardíaca. Helga ainda teve sua licença médica definitivamente suspensa.
A investigação apontou que Helga inseriu, antes da cesariana, um tubo de ventilação no esôfago da paciente, que leva ao estômago, ao invés de colocá-lo na traqueia, que leva aos pulmões. Depois do erro, os níveis de oxigênio de Xynthia despencaram, e a profissional de saúde utilizou uma máscara de oxigênio ao invés de um ventilador, que seria adequado para a situação.
Segundo testemunhas, Helga não sabia como operar o ventilador e chegou à sala de cirurgia cheirando a álcool. Ainda de acordo com as testemunhas, por causa da anestesia mal aplicada, a paciente acordou no meio da operação, começou a vomitar e gritar “está doendo” enquanto lutava para arrancar os tubos de respiração inseridos no lugar errado. Ela teve privação de oxigênio e acabou sofrendo paradas cardíacas até falecer.
Em seu depoimento, Helga admitiu ter começado o dia com uma mistura de vodca e água, “como todos os dias”, para evitar que suas mãos tremessem.
“Reconheço agora que meu vício era incompatível com meu trabalho”, afirmou Helga, acrescentando: “vou me arrepender dessa morte por toda a minha vida”.