A final da Copa América Centenário, nos Estados Unidos, pode libertar Messi do único peso que ainda carrega após uma carreira superlativa: nunca ter vencido um título com a seleção principal. Será a terceira chance consecutiva, depois dos fiascos na Copa do Mundo de 2014 e na Copa América do ano passado, quando o rival era o Chile, o mesmo deste domingo, às 21 horas (de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

O estádio estará lotado para ver Messi e cia. O torneio apresenta a melhor média de público histórica, com 46 mil fãs por jogo. A revanche contra o Chile não é só individual. A Argentina tenta quebrar um tabu de 23 anos sem título. Na última conquista, a Copa América de 1993, Maradona ainda atuava. E foi o próprio “Diez” que resumiu o sentimento da nação, ainda que de maneira ácida. “Se não vencerem, nem precisam voltar”, declarou ao longo da semana.

O momento solene da final acabou marcado por uma polêmica. O atraso no voo de Houston para Nova York fez Messi desabafar na última quinta-feira e declamar que a Associação Argentina de Futebol (AFA) era um desastre. Na sexta, o craque encerrou a polêmica. “A verdade é que me irritou um pouco. Prefiro deixar para trás e pensar na final. Depois, eu falo e conto tudo o que sinto”, disse.

Após a conquista em casa em 2015, a primeira da história, o Chile entra menos pressionado. Embora nunca tenha sido bicampeão em torneio algum, a equipe quer provar que pode jogar bem sem a sombra do técnico argentino Jorge Sampaoli e ganhar fôlego para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Após atuações irregulares no início do torneio, o campeão só voltou mesmo no 7 a 0 sobre o México nas quartas de final.

As escalações serão semelhantes às das semifinais. A Argentina não terá Lavezzi, que sofreu uma fratura no cotovelo após cair em cima de uma placa de publicidade. Lamela poderá entrar. O Chile terá a volta de Arturo Vidal.