Rodrigo Grande esteve em São Paulo no começo da semana para participar de uma iniciativa inédita do circuito Arteplex. Veio trazido pela distribuidora Warner, cuja subsidiária argentina é parceira de No Fim do Túnel, o explosivo thriller do diretor que estreia nesta quinta-feira, 6. A iniciativa inédita – Adhemar Oliveira promoveu a pré-estreia do filme na segunda à noite em salas do seu circuito, em todo o Brasil. Após a exibição, houve um debate ao vivo, em circuito interno de TV, atingindo toda a rede. Foi um sucesso.

Pela manhã, o cineasta encontrou-se com o repórter no Itaú Augusta. E contou a gênese de seu belo filme, sucesso de público e crítica na Argentina. Só para situar – No Fim do Túnel é sobre esse homem que vive isolado com seu cão numa casa com um jardim em ruínas. Está preso a uma cadeira de rodas, e consumido pela culpa. Já teve mulher e filha, mas morreram no acidente que o deixou paralítico. Leonardo Sbaraglia, de O Silêncio do Céu, é quem faz o papel. O (anti)herói descobre um plano para assaltar a agência bancária que fica ao lado. Um túnel está sendo cavado, sob a casa. Entra em cena uma mulher (fatal), com uma filha. E Joaquín, o protagonista, vai romper seu isolamento.

Ao repórter, Grande contou que No Fim do Túnel surgiu num momento muito duro de sua vida. “Estava me separando, depois de 15 anos de casamento. Casei-me cedo, constituímos família. Um dia, o amor acabou, e com ele a união. Estava me sentindo péssimo, arrasado. E comecei a trabalhar, obsessivamente. O que faz um roteirista? Escreve. O que faz um diretor? Filma. Para fugir de casa, com suas lembranças, passava os dias no bar, escrevendo e reescrevendo. Esse guión (roteiro) nasceu assim. Não pensava em metaforizar o que acontecia comigo, mas está tudo na tela. O sentimento de impotência, a perda da família. E a vida que vem.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.