O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmou em documento de trabalho publicado nesta terça-feira que o compulsório bancário deve ser diminuído, para reduzir os controles sobre as instituições financeiras. Autor do relatório e diretor do Departamento de Pesquisas do PBoC, Xu Zhong disse que, como um país em desenvolvimento, é necessário manter um compulsório em nível “relativamente alto durante um bom tempo”.

Ainda segundo Xu, a política monetária chinesa precisa ser rapidamente transformada, de um modelo baseado na quantidade para outro, baseado em preços. Em abril, o PBoC cortou o compulsório em 1 ponto porcentual para a maioria dos bancos do país. Os pedidos de nova redução no compulsório têm aumentado recentemente, em meio à desaceleração no crescimento e à piora na disputa comercial com os EUA.

O economista Ting Lu, da Nomura, avaliou a comunicação do PBoC como um sinal forte de que pode haver medidas de relaxamento em breve. Segundo ele, isso deve incluir outro corte de 1 ponto porcentual no compulsório até julho, mais cotas de empréstimos para bancos comerciais e maior financiamento direto do banco central por meio de empréstimos suplementares. O PBoC afirmou que pretende monitorar as tendências econômicas e financeiras domésticas e externas e responder ativamente a potenciais choques externos, declarações feitas logo após o presidente americano, Donald Trump, anunciar tarifas contra produtos chineses, notou o analista da Nomura. Fonte: Dow Jones Newswires.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias