Por mais que já exista há vários anos, muitas pessoas sequer sabem da existência da DST Mycoplasma genitalium. Trata-se de uma bactéria que infecta o sistema reprodutor masculino e feminino, causando problemas como inflamação persistente do útero nas mulheres e da uretra em homens.

A doença foi descoberta no início de 1980, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (EUA). Contudo, o órgão só passou a divulgar informações sobre essa enfermidade em 2015.

Quais são os sintomas do Mycoplasma genitalium?

A doença não costuma apresentar sintomas nas mulheres, mas é possível que ocorra dor pélvica e sangramento após as relações sexuais. De acordo com Amesh A. Adalja, doutor especialista em doenças infecciosas (EUA), ela pode causar infecções cervicais e doença inflamatória pélvica, levando até à infertilidade. “Já nos homens, pode causar inflamação da uretra e deixar com sensação de queimação quando fazem xixi”, acrescenta.

Vale ressaltar que a Mycoplasma genitalium não é transmitida apenas por penetração genital: ela também pode acontecer através do sexo anal e oral.

Leia mais

7 razões comuns para sua vagina estar coçando
Doenças sexualmente transmissíveis: o que você precisa saber
Aquele problema de saúde que a deixa envergonhada é mais comum do que você imagina!

Como tratar a DST?

Geralmente ela é tratada com antibióticos, mas alguns casos mostrara-se resistente a esses medicamentos. “Isso não quer dizer que a doença seja incurável. Os médicos apenas podem precisar indicar tipos diferentes de antibióticos”, esclarece Adalja.

Não passar pelo tratamento correto, contudo, pode resultar em infertilidade ou parto prematuro, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention.

A boa notícia, segundo Adalja, é que a Mycoplasma genitalium ainda não é uma grande ameaça, uma vez que cerca de só 1% dos adultos jovens americanos tem a doença. Ainda assim, é importante pelo menos estar ciente de que ela existe, especialmente porque o profissional acredita que o número de casos suba com o tempo. “Quase todas as infecções de DSTs estão em alta há vários anos. Com a infecção por micoplasma não será diferente”, diz ele.