Elon Musk, o bilionário conselheiro do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou no sábado (22) que todos os funcionários públicos federais devem apresentar uma prestação de contas de sua semana de trabalho ou, caso contrário, perderão seus empregos.
“De acordo com as instruções do presidente @realDonaldTrump, todos os funcionários federais em breve receberão um e-mail solicitando compreender o que realizaram na semana passada. A falta de resposta será considerada como uma demissão”, afirmou Musk em uma publicação no X.
Segundo uma cópia do e-mail repassada à AFP, os funcionários federais devem responder com cinco pontos sobre as tarefas do trabalho que realizaram na semana anterior.
O e-mail foi enviado pelo Escritório de Gestão de Pessoal dos Estados Unidos (OPM), com o assunto “O que você fez na semana passada?” e tem como data limite para resposta a segunda-feira às 23H59.
O maior sindicato de funcionários federais dos Estados Unidos prometeu desafiar qualquer demissão ilegal em uma declaração do seu presidente Everett Kelley.
“É cruel e desrespeitoso para centenas de milhares de veteranos que estão vestindo seu segundo uniforme no serviço público serem forçados a justificar seus deveres para este bilionário privilegiado, desinformado e não eleito, que nunca prestou uma única hora de serviço público honesto em sua vida”, afirmou Kelley, que preside a Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE).
Musk, o homem mais rico do mundo, foi encarregado de cortar gastos e desperdícios no governo federal dos Estados Unidos à frente do chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Trump disse neste sábado que desejava que seu assessor se tornasse “mais agressivo” em sua tarefa. “Elon está fazendo um excelente trabalho, mas eu gostaria que fosse mais agressivo”, escreveu ele em sua plataforma Truth Social.
O governo de Trump começou na semana passada a demitir milhares de funcionários da administração federal que estavam em período probatório.
Antes disso, havia lançado um plano para que os funcionários federais renunciassem em troca de uma indenização equivalente ao pagamento até setembro.
De acordo com o Washington Post, mais de 75 mil funcionários do governo aceitaram esta proposta.
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