Musk diz que agência de ajuda externa dos EUA será fechada para cortar gastos

Chip Somodevilla/Pool via REUTERS
Elon Musk em Washington Foto: Chip Somodevilla/Pool via REUTERS

WASHINGTON (Reuters) – O bilionário Elon Musk, que está liderando o esforço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reduzir o governo federal, deu uma atualização sobre a ação nesta segunda-feira, dizendo que o trabalho está em andamento para fechar a agência de ajuda externa dos EUA, a USAID.

Musk, que também é presidente-executivo da Tesla e da SpaceX, discutiu o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) em uma conversa na plataforma X, da qual ele é proprietário. Trump designou Musk para liderar um painel federal de redução de custos.

A conversa, que incluiu o ex-candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy e os senadores republicanos Joni Ernst e Mike Lee, começou com Musk dizendo que eles estavam trabalhando para fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

“Ela não tem mais conserto”, disse Musk, acrescentando que o presidente Trump concorda que ela deve ser fechada.

No domingo, a Reuters informou que o governo Trump removeu dois altos funcionários de segurança da USAID durante o fim de semana, depois que eles tentaram impedir que representantes do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), de Musk, tivessem acesso a partes restritas do prédio, segundo três fontes.

A USAID é a maior doadora individual do mundo. No ano fiscal de 2023, os EUA desembolsaram 72 bilhões de dólares em assistência em todo o mundo em tudo, desde a saúde das mulheres em zonas de conflito até o acesso à água potável, tratamentos de HIV/AIDS, segurança energética e trabalho anticorrupção. Ela forneceu 42% de toda a ajuda humanitária monitorada pelas Nações Unidas em 2024.

O site da USAID parecia ainda estar fora do ar no sábado e alguns usuários não conseguiam acessá-lo no domingo. A USAID tem uma equipe de mais de 10.000 pessoas.

Trump ordenou o congelamento global da maior parte da ajuda externa dos EUA, como parte de sua política “America First”, que já está causando comoção em todo o mundo. Hospitais de campanha em campos de refugiados tailandeses, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e medicamentos para tratar milhões de pessoas que sofrem de doenças como o HIV estão entre os programas que correm o risco de serem eliminados.

Falando de forma mais ampla sobre o corte de despesas e fraudes nos EUA, Musk estimou que o governo Trump pode cortar 1 trilhão de dólares do déficit dos EUA no próximo ano.

Ele afirmou, por exemplo, que “redes de fraude estrangeiras profissionais” estão roubando grandes somas ao se disfarçarem ou criarem cidadãos norte-americanos digitais falsos.

Musk não ofereceu evidência para apoiar sua alegação de fraude ou explicar como ele chegou ao valor de 1 trilhão de dólares.

(Reportagem de David Shepardson e Chris Sanders em Washington e Peter Henderson em San Francisco)