Músicos de orquestras do Estado de São Paulo fizeram no final da manhã desta segunda-feira, 5, uma apresentação em frente à Sala São Paulo para protestar contra novas ameaças de corte no orçamento e a possibilidade de demissões ainda este ano. Desde 2014, os repasses governamentais foram reduzidos em alguns casos em mais de 30%.

Membros da Orquestra Jazz Sinfônica, da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, da Orquestra do Teatro São Pedro e da Osesp, além de alunos da Escola de Música do Estado de São Paulo estiveram no local. Entre as reivindicações estão o final dos cortes, o reconhecimento do trabalho das orquestras como investimento em educação e a arte como ferramenta de inclusão social. “Somos pais de famílias que dependem do salário para sobreviver”, disse um representante do Theatro São Pedro.

Desde 2014, a Osesp já perdeu cerca de R $ 20 milhões; o Projeto Guri teve redução de 37% nos repasses; a Escola de Música do Estado de São Paulo, 15%; o Conservatório de Tatuí, 20%. O Instituto Pensarte (que gera o São Pedro, a Banda e a Jazz), se forem mantidas as previsões de novos cortes, vai perder R$ 12 milhões até 2017, algo em torno de 35% de seu orçamento.

A Osesp, por sua vez, anunciou sua temporada 2017 sem saber de onde virão os recursos, uma vez que ainda não foi definido o repasse para o próximo ano.


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