O Barão Vermelho está completando 40 anos. Entre as novidades, estão o novo álbum, “Acústico”, com participação do ex-vocalista, Frejat, a série “Blues & Baladas”, do canal Bis (Globoplay), e uma turnê pelo Brasil.

Ao mesmo tempo em que a produção televisiva relembra os melhores momentos do rock nacional, com direito ao resgate da época de Cazuza, três novos EPs vão sendo simultaneamente lançados, em 3 de setembro.

À IstoÉ Gente, o músico e fundador da banda Maurício Barros, autor de sucessos como “Por você” e “Puro êxtase”, explicou a importância de voltar aos palcos em um ano eleitoral, que definirá, entre os mandatos, a presidência do Brasil.

“Sou o mais velho, mas a energia é parecida com a que sempre tive. É grande a vontade de subir no palco e poder viver de arte e de música, principalmente, em um país como o Brasil de hoje em dia, com um governo que ignora e ataca a cultura”, opina ele, que se diz insatisfeito com Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

“Não há nada para falar de bom desse governo, que não pode ter nenhum apoio meu. Nesse momento, meu voto vai pra quem tem chance de tirar o presidente; o único é o Lula”, comenta o tecladista.

Maurício fala, inclusive, em nome da nova formação da banda, com Rodrigo Suricato (guitarra, violão e voz), Fernando Magalhães (guitarra e violão) e Guto (bateria). “Essa turnê não estaria acontecendo se a gente não se aturasse e se a gente pensasse diferente, inclusive, politicamente. Seria difícil de administrar”, pondera.

Segundo o músico, no entanto, não foram motivos pessoais que fizetam Frejat deixar o grupo.

“Somos amigos, trocamos mensagens pelo celular sobre filmes e músicas. As pessoas perguntam: ‘por que ele saiu’ e explico que ele teve outras preferências na carreira. Quando fiz o convite e disse: ‘a gente tem que estar junto no palco’, ele falou: ‘pode contar comigo'”, lembra Maurício. “E não descartamos uma eventual participação dele em um show em algum lugar do país se conseguirmos conciliar as agendas”, planeja.