O músico Armando Júnior, de 25 anos, tinha ido até a porta de casa pegar uma carta na manhã desta quinta-feira, 5, quando ouviu uma viatura da Polícia Militar entrar na rua onde mora, em alta velocidade. A urgência logo foi revelada por uma vizinha, que gritou desesperada: “Juninho, pelo amor de Deus, ajuda que está pegando fogo lá na creche”.

Vizinho do local, Júnior entrou na unidade em chamas na tentativa de salvar vidas. “A gente (outros quatro homens e dois PMs) tentou apagar o fogo, mas estava muito alto e tinha material inflamável. Vi que tinham muitas crianças queimadas fora da creche, chorando. Coloquei no meu carro e corri para o hospital”, contou.

O músico levou alunos ao hospital mais próximo e depois passou toda a tarde dando assistência a parentes das vítimas. “Não tenho palavras para descrever o que foi esse dia. Simplesmente acordei e quando fui lá vi aquela cena horrorosa.”

Pai de um casal, de 2 e 3 anos de idade que frequentam outra creche, Júnior se disse chocado com a tragédia a 100 metros de sua casa. Após ter ajudado as crianças, ele postou vídeos nas redes sociais falando do resgate e compartilhou pedidos de doação de medicamentos.

Igreja

A Arquidiocese de Montes Claros chamou o crime de “massacre” e também se ofereceu para dar apoio às famílias das vítimas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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