Engana-se, porém, quem pensa que a sonoridade de Triz está apenas associada ao rap. Ele, inclusive, descarta tal rótulo. O jovem, que é fã de Cartola, Elis Regina e Maria Gadú, tem plena paixão pela música popular brasileira. “Odeio quando me chamam de rapper ou MC. Não estudei música para me rotularem. Eu componho rap há 11 meses. Faço outras coisas também: MPB, samba e até rock. Consigo transitar por vários gêneros musicais”, complementa.

Tentar achar um gênero que defina a musicalidade de Triz é algo complexo. “Eu trabalho com arte e todas as suas variações. Não quero que minha imagem esteja vinculada apenas às causas LGBT. Se você está fazendo rap naquele momento, as pessoas já classificam você como rapper. Calma. Eu sou uma pessoa. Tenho outras músicas para fazer. Não gosto que ela seja associada a uma única coisa. Ela pode e deve ser ouvida por todos os públicos”, afirma.

Apesar dos problemas de relacionamento com o pai, Triz também recebe o apoio da família para encarar os preconceitos em relação à sua condição sexual. “Minha mãe me apoia bastante. Meu padrasto e meus irmãos são incríveis. Posso conversar com eles sobre tudo. Tive muitos problemas com meu pai, nunca nos demos bem. Depois que ele me viu com os dreads no cabelo, falou que era melhor que eu me prostituísse do que ser da maneira que eu era”, conta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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