O Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído após um incêndio em setembro de 2018, tem previsão de reabertura para 2026. No último mês de novembro, foi aprovada a captação de recursos, via Lei Rouanet, no valor de R$ 90.000.274,90, para a 2.ª etapa de restauração do prédio principal do local.

A reforma do Museu Nacional

O projeto de R$ 90 milhões é referente à 2.ª fase de obras de restauração do Paço de São Cristóvão, especialmente para a restauração das coberturas e fachadas dos blocos 2, 3 e 4, além de outras ações no entorno e áreas internas.

Confira abaixo alguns dos objetivos propostos:

– Executar obras nas fachadas e cobertura

– Coleta de águas pluviais

– Consolidação estrutural da laje e cobertura

– Remoção de árvores

– Consolidação dos muros

– Desinfestação de pragas

– Iluminação

– Restauro da escadaria

– Restauro do piso

– Acabamentos

– Restauro de pintura

– Estrutura metálica de escadas e elevadores

– Alvenaria

– Revestimento de piso, paredes e tetos

– Infraestrutura de instalação de hidráulica, ar-condicionado, elétrica, especiais e de incêndio

– Promover visitas formativas para especialistas interessados e para operários envolvidos com a obra de restauração do Palácio

Segundo o projeto, o Museu Nacional também terá que “realizar, gratuitamente, atividades paralelas aos projetos, tais como ensaios abertos, estágios, cursos, treinamentos, palestras, exposições, mostras e oficinas”.

Investimento total chega a R$ 440 milhões

No último mês de março, o ministro da Educação, Camilo Santana, havia comentado sobre a situação do Museu Nacional, destacando que 61% do valor previsto para as reformas totais já haviam sido captados. “A ideia é entregar no primeiro semestre de 2026. O investimento total é de R$ 440 milhões, falta captar R$ 180 milhões”, disse, na ocasião.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada neste sábado, 9, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, afirmou que a ideia é reabrir o local com cerca de 50% a 60% de sua área total disponível para o público, e que uma pequena área pode ser reaberta já em 2024, com visitação à sala do meteorito e à escadaria monumental.

“O Museu já fez tudo o que tinha que fazer e estamos aguardando os recursos. Pedimos audiência com a Alerj, que nos prometeu, em 2019, R$ 20 milhões, que ainda não entraram”, afirmou, em referência a projeto de lei aprovado em agosto de 2020 destinando R$ 20 milhões do Fundo Especial do Parlamento Fluminense à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mantenedora do Museu Nacional.

O Estadão buscou contato com a diretoria do Museu Nacional do Rio de Janeiro, e também com o Ministério da Cultura do governo federal a respeito do tema, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.