O incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro na noite deste domingo, 2, queimou não só o mais antigo centro de ciência do País, mas também um símbolo arquitetônico com 200 anos de história. O prédio tinha mais de 13 mil m² de área construída no Paço de São Cristóvão e era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938.

Antes de ser museu, o edifício foi a casa da família real brasileira durante a monarquia. O projeto arquitetônico é atribuído ao arquiteto gaúcho Manuel Araújo Porto-Alegre e a última reforma, realizada em 2009, restaurou a cor amarela da fachada, característica do período imperial.

Em nota oficial, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) classificou a tragédia como uma “irreparável” perda.

“Frente à perda do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, o IAB conclama a sociedade e as instituições preocupadas com a preservação da nossa cultura e da nossa memória a exigir da Presidência da República e do Congresso Nacional a imediata criação de um fundo permanente, gerido pelo IPHAN e pelo IBRAM, que garanta a manutenção dos museus nacionais e a preservação do nosso patrimônio cultural, independentemente dos interesses políticos de cada momento”, reivindicou o presidente do instituto, Nivaldo Vieira, que assina o texto.


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