O Museu Metropolitano de Nova York expõe, a partir da próxima quinta-feira (12), a história da gravura no México, uma expressão fundamental da identidade artística e da história do país para abordar questões sociais, políticas e educacionais.

Nomes como José Guadalupe Posada – considerado o pai da gravura mexicana –, Diego Rivera, José Clemente Orozco e Leopoldo Méndez estão entre os artistas que integram a exposição “Mexican Prints at the Vanguard”, proveniente do rico acervo da pinacoteca nova-iorquina.

A exposição explora, por meio de 130 xilogravuras, litografias e serigrafias, a história cultural, social e política do México com essa forma de expressão que começou em meados do século XVI, com estampas para a ilustração de livros ou com fins religiosos, e que continua sendo uma via de expressão artística no país até hoje.

“É a forma de expressão mais importante da sociedade” mexicana, diz o curador Mark McDonald à AFP, talvez porque “todos a entendiam.”

Jornais, panfletos, cartazes. Qualquer suporte servia para transmitir mensagens políticas, como alertas sobre o fascismo nos anos 1930; sociais, como os perigos do álcool para a saúde; e satíricas, além de histórias de amor, canções e até pedidos de ajuda para refugiados.

Quase todos os trabalhos expostos vêm de um acervo do MET, que, com cerca de 3 mil obras, abriga uma das maiores coleções dessa forma de expressão mexicana, que vai desde o século XVIII até meados do século XX.

O acervo começou com as doações do artista francês Jean Charlot, que passou a maior parte da década de 1920 no México, antes de se tornar, anos depois, agente do museu nova-iorquino para adquirir novas obras.

A exposição, que segundo McDonald inclui muitos exemplares únicos e inéditos, ficará aberta de 12 de setembro a 5 de janeiro de 2025.