Rio – O incêndio no Museu Nacional foi um dos momentos mais lamentáveis e um golpe duro na preservação do patrimônio histórico do Brasil. A tecnologia pode ser utilizada para para proteger itens importantes de um país. Pesquisadores brasileiros vão se reunir nos dias 25 e 26 de setembro, no Museu de Arte do Rio (MAR) para um evento internacional intitulado “Preservação de Acervos na Era Digital” do Preserva.ME.

Museu de Arte do Rio (Mar) – Reprodução Visit Rio

Exemplo da união bem sucedida entre tecnologia e história é a impressão em 3D de peças destruídas no incêndio do Museu Nacional, que só foi possível pela utilização do acervo digital de tomografias das peças, produzido antes da tragédia. Além da digitalização, o futuro da preservação histórica aponta também para o compartilhamento do conhecimento.
“O ponto base que a gente procura enfatizar com as pessoas e com as instituições é que precisamos nos unir. Nos unir para conseguir leis melhores e incentivos melhores para que uma tragédia como a que acometeu o Museu Nacional não aconteça novamente com nenhuma instituição”, defendeu o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, durante edição de 2018 do Preserva.ME.

Instituições responsáveis pela preservação histórica em âmbito nacional, como a Fundação Biblioteca Nacional, já possuem iniciativas avançadas no campo da preservação digital. A BNDigital, fundada em 2006, disponibiliza mais de 1 milhão e meio de documentos para acesso livre. Seu coordenador, Joaquim Marçal, é um dos palestrantes do Preserva.ME 2019 e aponta as duas frentes da preservação digital. “Na Biblioteca, lidamos com essas duas preocupações. Ao mesmo tempo que reproduzimos toda a documentação do passado, também cuidamos daquilo que já foi produzido em âmbito digital”, explica.

Discussões sobre preservação de dados científicos, curadoria digital, digitalização de acervos, plataformas e softwares voltados para gestão de acervos digitais também estão na programação do evento, que conta com palestrantes do Arquivo Nacional, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Science Museum Group (Reino Unido), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e University of North Carolina (EUA). As inscrições para o Preserva.ME estão esgotadas, mas o evento será transmitido ao vivo pela página no Facebook da Memória da Eletricidade.

A programação completa está disponível em: https://bit.ly/PreservaME2019.

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