O Museu da Língua Portuguesa tem uma nova data de reinauguração, 17 de julho de 2021. Fechado desde 2015, após um incêndio, o equipamento cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo retorna suas atividades com o público neste dia, mas antes já funciona com programação online e visitas especiais para alunos de escolas públicas.
O Museu recebeu um investimento de R$ 84 milhões entre o Governo do Estado de São Paulo, a iniciativa privada e a seguradora para reforma e ampliação, obras já concluídas. As exposições permanentes e a conexão direta com a Estação da Luz, onde está localizado o prédio histórico de 1902 tombado pelo Condephaat, também estão finalizadas. Em andamento, apenas a iluminação externa do edifício, que teve sua reinauguração adiada por conta da pandemia do novo coronavirus.
“A expectativa é que, com a evolução da vacinação e a contenção da pandemia, a gente esteja em julho na fase verde ou amarela do Plano São Paulo, quando já conseguiremos receber 60% de capacidade”, afirma Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa.
O Museu da Língua Portuguesa está adequado a todos os protocolos de segurança sanitária elaborados pelo Centro de Contingência do Governo de São Paulo, conta com o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e passou por adaptações tecnólogicas, que serão ativadas por comando de voz no intuito de ampliar a acessibilidade dos frequentadores às obras antes interativas por meio de toque. Também terá um café instalado no mirante, espaço totalmente restaurado na parte superior do edifício.
Na parte expositiva, o conteúdo foi 80% reformulado. Além da exposição permanente, o Museu da Língua Portuguesa vai trazer em sua reabertura a mostra temporária “Língua Solta”, com curadoria de Moacir dos Anjos e Fabiana Moraes, composta por uma série de objetos artísticos dos campos da arte popular e contemporânea, que ancoram seus significados no uso das palavras e relacionam a língua portuguesa a obras de arte.
Estão na mostra artistas como Arthur Bispo do Rosário, Leonilson, Rosângela Rennó, Jac Leirner, Rivane Neuenschwander, Marcelo Silveira, Vânia Mignone, Emmanuel Nassar e Jonathas de Andrade, além de cartazes do poetá Miró (Recife), os livros evangélicos que evocam cordéis de Maria de Lourdes (Caruaru), os ovos de madeira repleto de dizeres feitos por Fernando Rodrigues (Ilha do Ferro, Alagoas) e as placas evocando celebridades de Sérgio Ruiz (Curitiba).