Pouco depois do empate por 1 a 1 com o Independiente Santa Fe, da Colômbia, na noite desta quarta-feira, no Maracanã, os muros da sede do Flamengo, na Gávea, foram pichados por torcedores em um protesto no qual os principais alvos foram o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, e os meio-campistas Diego e William Arão.

O dirigente e os jogadores tiveram as suas saídas do Flamengo pedidas no ato de vandalismo e as frases “time sem sangue”, “queremos raça” e “não somos empresa” foram escritas nas pichações feitas após o confronto válido pela terceira rodada do Grupo D da Copa Libertadores.

Esse foi o segundo empate seguido do time rubro-negro como mandante nesta edição da competição continental. O outro foi também por 1 a 1, contra o River Plate, no Engenhão, sendo que nestas duas partidas a equipe atuou com portões fechados nos estádios por causa de punição aplicada pela Conmebol em decorrência dos atos de violência de seus torcedores na partida de volta da final da Copa Sul-Americana do ano passado, contra o Independiente, no Maracanã.

Apesar do protesto e da ampliação do jejum como mandante, o Flamengo está na liderança do Grupo D da Libertadores, com cinco pontos, principalmente pelo fato de ter vencido o Emelec por 2 a 1, no Equador, em duelo válido pela segunda rodada desta chave. A equipe rubro-negra voltará a jogar pela competição no próximo dia 25, novamente contra o Santa Fe, em Bogotá, na abertura do returno do Grupo D.

Com sua gestão sendo criticada por torcedores e também por membros do próprio clube, onde enfrenta forte pressão interna como presidente, Eduardo Bandeira de Mello preferiu não dar entrevistas após o empate da última quarta-feira no Maracanã. Ao passar pela zona mista do estádio, o dirigente disse aos jornalistas que se calaria com a seguinte justificativa: “Não vou falar porque não entendo de futebol”.