A tradicional festa da cerveja de Munique começou, neste sábado, com um reforço da proteção policial após os três ataques ocorridos na Baviera em julho, dois reivindicados por extremistas e um provocado por um adolescente com problemas mentais.

O prefeito da capital da Baviera, Dieter Reite, inaugurou às 12H00 (07H00 Brasília) a 183ª edição da Oktoberfest, a maior festa dedicada à cerveja do mundo.

Pela primeira vez, a esplanada de Theresienwiese, que acolhe a festa até 3 de outubro, foi rodeada por uma cerca. Além disso, foi proibida a entrada com grandes bolsas no recinto, foram mobilizados 600 policiais permanentes, em vez 500, e a videovigilância foi reforçada.

“Constatamos que a sensação de segurança da população se deteriorou. Queremos mostrar, com mais policiais, que estamos preparados”, disse neste sábado Werner Feiler, vice-presidente da Polícia de Munique.

Os organizadores temem uma diminuição na afluência devido às preocupações pela segurança. No ano passado, a afluência foi menor coincidindo com a chegada de refugiados à Baviera no momento de auge da crise migratória.

A Oktoberfest registrou então 5,9 milhões de visitantes, 400.000 a menos que no ano anterior.

Em julho, um adolescente germano-iraniano com problemas mentais matou nove pessoas em Munique e depois se suicidou.

No mesmo mês, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) realizou dois ataques no sul da Alemanha: um atentado com um artefato explosivo realizado por um sírio de 27 anos, que deixou 15 feridos, e um ataque com machado em um trem, realizado por um solicitante de asilo afegão, que deixou cinco feridos.