ROMA, 29 SET (ANSA) – O mundo superou no fim da noite desta segunda-feira (28) a marca de 1 milhão de mortes provocadas pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), confirmou a Universidade Johns Hopkins.   

Em nove meses de pandemia, com os dados atualizados às 7h dessa terça-feira (29), foram 1.002.296 vítimas da Covid-19. Conforme a Johns Hopkins, o mundo demorou seis meses para atingir os primeiros 500 mil óbitos e apenas outros três para contabilizar a mesma quantidade, o que mostra que a doença ainda está longe de ser controlada.   

Os Estados Unidos lideram a quantidade absoluta de falecimentos, com 205.085, e são seguidos pelo Brasil (142.058), Índia (96.318), México (76.603) e Reino Unido (42.090).   

O recorde ocorre em um momento em que o continente europeu registra uma “segunda onda” da Covid-19, que vem causando preocupação na Organização Mundial da Saúde (OMS). Na questão de casos da doença, os EUA também lideram o ranking, com 7.149.073, seguidos por Índia (6.145.291), Brasil (4.745.464) e Rússia (1.162.428). Nenhuma outra nação ultrapassou a barreira do 1 milhão de casos.   

“O mundo atingiu uma marca angustiante, a perda de um milhão de vidas por causa do coronavírus. É um número desconcertante, mas não devemos nunca perder de vista uma única vida sequer. Eram pais e mães, esposas e maridos, irmãos e irmãs, amigos e colegas. A dor foi multiplicada pela ferocidade dessa doença”, afirmou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.   

Apesar da tristeza do momento, o português acredita que o mundo “pode vencer esse desafio, mas precisamos aprender com os erros”. “Uma liderança responsável é importante, a ciência importa, a cooperação é importante e a desinformação mata”, pontuou.   

Guterres lembrou que a busca por uma vacina continua, mas que, enquanto isso, “todos devem fazer a sua parte para salvar vidas humanas mantendo o distanciamento, usando a máscara e lavando as mãos”. “Enquanto lembramos tantas vidas perdidas, não esqueçamos nunca que o nosso futuro precisa ter como base a solidariedade, como pessoas unidas, como Nações Unidas”, finalizou. (ANSA).