A pandemia do novo coronavírus, que superou a marca de 10 milhões de casos no mundo todo neste domingo (28), continua se expandindo de forma acelerada, sobretudo, na América Latina e nos Estados Unidos.

Desde seu surgimento em dezembro passado na China, o novo coronavírus deixou 499.510 mortos. O número oficial de infectados é de 10.058.010, conforme balanço da AFP feito com base em fontes oficiais até as 16h deste domingo.

O ritmo de propagação da pandemia continua sendo vertiginoso, com 1 milhão de novos casos relatados em apenas seis dias. Na China, o domingo de meio milhão de pessoas perto de Pequim, atingida por um novo surto da doença, foi em confinamento.

País mais afetado no mundo pela doença, os Estados Unidos acumulam 125.709 mortos e mais de 2,5 milhões de casos. Os contágios aumentam em 30 de seus 50 estados, particularmente nos maiores e mais populosos do sul e do oeste, como Califórnia, Texas e Flórida.

Nas últimas 24 horas, a Flórida registrou 9.500 novas infecções e 24 mortes. A idade média das pessoas infectadas é agora de 33 anos, contra 65 há dois meses.

A Flórida enfrenta uma “explosão real” da doença entre os jovens. Com o desconfinamento no início de junho, esse grupo voltou às praias e à vida noturna, admitiu o governador Ron DeSantis esta semana.

Na Califórnia, a Disney anunciou o adiamento da estreia de seu filme “Mulan”, de 24 de julho para 21 de agosto.

– Expansão acelerada na América Latina –

América Latina e Caribe é a região do mundo onde a doença avança mais rapidamente, com mais de 400 mil novos casos nos últimos sete dias, segundo um balanço da AFP.

Segundo país com mais mortos pelo vírus, o Brasil voltou a anunciar, neste sábado, o maior número diário de óbitos do mundo, chegando a 57.000 falecimentos e 1,3 milhão de casos.

O Brasil anunciou um acordo para produzir até 100 milhões de doses de uma vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade britânica de Oxford. O país está ajudando na fase de testes da mesma, que se encontra as mais promissoras.

O Peru – segundo país na América Latina em número de casos (atrás apenas do Brasil), e terceiro, em óbitos (depois do México) – superou ontem 9.000 mortes.

Na terça-feira, o país encerrará uma quarentena nacional de mais de 100 dias, mas manterá o fechamento de fronteiras e o confinamento obrigatório nas sete regiões mais afetadas pela pandemia.

A quarentena terminará em Lima, cidade de 10 milhões de habitantes. Segundo o governo, o coronavírus está “caindo” na capital do país, apesar de acumular 70% dos casos do território.

No México, habitantes de uma comunidade de Chiapas, no sudeste, destruíram um hospital comunitário e incendiaram dois carros da polícia e outros veículos. Também atacaram as residências de autoridades locais, devido a rumores falsos sobre a expansão do coronavírus.

– Máscara obrigatória no Irã –

Também é registrada uma aceleração da doença na Ásia, liderada pela Índia, onde, nos últimos sete dias, foram registrados quase 120.000 novos casos, totalizando mais de 528.000.

Segundo especialistas, o pico da doença naquele país, de 1,3 bilhão de habitantes, deve ser alcançado dentro de algumas semanas. A expectativa é que o número de infectados passe de 1 milhão antes do fim de julho.

No Irã, o mais atingido no Oriente Médio com mais de 10.000 mortos, o uso da máscara será obrigatório em alguns lugares públicos, a partir da próxima semana. Além disso, as provícias mais afeadas poderão impor restrições, diante do aumento de infecções.

Em seu processo de volta a uma certa normalidade após meses de confinamento, vários países europeus realizavam eleições neste fim de semana. Embora a Europa pareça ter controlado a propagação do vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na quinta-feira para o aumento de casos, o que pode levar “os sistemas de saúde europeus de novo ao limite”.