ROMA, 6 NOV (ANSA) – Dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) revelaram que mais de 80% das pessoas centenárias em toda a Itália são mulheres.
O estudo, intitulado “Centenários na Itália”, mostra que, em 1º de janeiro de 2025, o país contabilizava 23.548 residentes italianos com pelo menos 100 anos de idade, um aumento de mais de 2 mil cidadãos em relação ao ano anterior, quando o total era de 21.211.
O Istat informa ainda que as mulheres representam 82,6% desse grupo. Desde 2009, quando havia 10.158, esse número mais que dobrou, registrando um aumento de 130% em 16 anos.
Entre os “semi-supercentenários” – pessoas com 105 anos ou mais -, foram contabilizados 724 residentes, dos quais 90,7% são mulheres. Já o grupo dos “supercentenários”, com 110 anos ou mais, soma 19 pessoas, sendo apenas uma delas homem.
O relatório destaca ainda que, até outubro de 2025, o italiano mais velho vivo é um homem da Basilicata, com mais de 111 anos, enquanto a mulher mais idosa reside na Campânia e está prestes a completar 115 anos.
As maiores concentrações de centenários foram registradas na província de Isernia (Molise), com 78,7 por 100 mil habitantes, e na província de Nuoro (Sardenha), que lidera em número de semi-supercentenários (4,6 por 100 mil habitantes).
Entre os italianos que ultrapassaram os 105 anos, o Istat identificou 8.980 pessoas entre 2009 e 2025, das quais 88% são mulheres (7.956).
Os nomes mais comuns nessa faixa etária são Giuseppe entre os homens e Maria entre as mulheres, ambos “ligados à tradição religiosa e que são muito raros hoje em dia entre as novas gerações”.
A maioria dos centenários é viúva ou viúvo – 86% das mulheres e 80% dos homens. Entre as mulheres, 12% nunca se casaram, o dobro do percentual de homens solteiros (6%). Já as mulheres casadas representam apenas 1%, enquanto os homens casados chegam a quase 14%, reflexo da maior longevidade feminina.
O Istat também destaca que, a partir dos 105 anos, o risco de morte não aumenta de forma exponencial, ao contrário do que se acreditava. As tabelas de mortalidade indicam que a aceleração mais acentuada ocorre entre 75 e 100 anos.
Por exemplo, Por exemplo, entre 75 e 82 anos, a probabilidade de morte sobe de 2,3% para 5,2%; entre 85 e 92 anos, vai de 7,7% para 17,9%.
Embora as províncias de Isernia e Nuoro liderem em densidade de centenários, a Ligúria segue sendo a região com o envelhecimento mais acelerado da Itália, com 59,4 centenários por 100 mil habitantes, à frente de Friuli-Venezia Giulia (55,4) e Toscana (49,1).
O destaque, porém, vai para Molise, que lidera o ranking nacional com 61 centenários por 100 mil habitantes. (ANSA).