Diego Aparecido Alves dos Santos, 29, já se passou por advogado, engenheiro civil e médico para conquistar a confiança das vítimas e é acusado de estelionato por ex-namoradas em pelo menos quatro estados.

Segundo apurou o UOL, mais de 10 mulheres foram vítimas de Diego, que negou as acusações. De acordo com as mulheres, Diego procurava vítimas em eventos considerados de alto padrão na Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Para não gerar desconfiança, ele andava com carros de luxo alugados e se vestia com roupas de marca. Ele costumava enviar fotos às vítimas com roupas condizentes à profissão que dizia exercer e seduzia com falsas promessas.

Além dos golpes, o homem ameaçava as mulheres e suas famílias usando o nome do PCC (Primeiro Partido da Capital). Falou para o meu pai que iria explodir minha casa, que daria um tiro na cabeça dele e que, se eu e as meninas não tirássemos o Instagram [criado para denunciá-lo] do ar, nunca mais eu iria tirar um dente”, afirmou a última vítima, moradora da Bahia, que perdeu quase 12 mil reais no golpe.

Ao UOL, Diego negou que fingia profissões e que causou prejuízos às ex-namoradas, mas confirmou ameaças de morte por “nervosismo”. “Eu peguei o dinheiro, mas não fugi, não. Eu cheguei a propor pagar parcelado. Não disse que tinha carro para vender, mas que iria atrás de um. Precisei desse dinheiro e gastei. Sobre as ameaças, falei no nervosismo, mas sou incapaz de algo. Se puxar minha ficha, vai ver que é só estelionato. Não tem agressão. Só essas besteirinhas de estelionato”, disse ele, sobre uma vítima de Salvador.

“Elas querem mídia e me escolheram como chacota. Não me preocupo porque estou longe, morando na Argentina. (…) Elas querem me prejudicar. Não tiro a razão delas, porque algumas coisas eu fiz mesmo. Agora estão aumentando muito”, completou.