Insatisfação, sensação de incômodo, frustração e desvalorização. Estes são alguns dos sintomas de quem está se sentindo estagnada e infeliz na atividade profissional em que se encontra. Pesquisas realizadas por consultorias em Recursos Humanos têm mostrado o que o mercado de trabalho já demonstra com frequência: profissionais com vontade de fazer mudanças na carreira, sobretudo as mulheres.

A sensação é a de um incômodo profundo, a convicção de que algo precisa mudar, de que não há mais propósito no que se está fazendo… A falta de reconhecimento e valorização, inclusive financeira, são outras evidências de que chegou o momento de se pensar em uma transição de carreira. Um sintoma também recorrente é a percepção de que o momento profissional não cabe mais em nossa rotina pessoal. A transição de carreira acontece, na maioria das vezes, quando é notável a necessidade de mais flexibilidade, qualidade de vida, novos propósitos, nova rotina. 

A principal rede social profissional, o Linkedin, entrevistou recentemente mais de mil brasileiros e 49% deles disseram que consideravam mudar de emprego. O índice aumentava entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, chegando a 61% dos entrevistados.

A mudança profissional não está diretamente ligada apenas ao momento de desemprego, quando se diz: “estou em transição de carreira”. Isso pode acontecer de várias maneiras, através de uma troca de empresa, de cargo, área de atuação no local onde já se trabalha, ou com mudança de regime de trabalho, de CLT para empreendedora, por exemplo. O importante é detectar essa vontade, buscar uma clareza para onde se quer ir e se planejar. 

Essa mudança de carreira vai me afetar financeiramente? Vou precisar fazer uma reserva de dinheiro até que consiga a nova colocação profissional? Quais habilidades precisarei desenvolver? Quais talentos já tenho? Qual será o período de adaptação? Quais  os caminhos para que eu alcance com segurança e tranquilidade meu objetivo? Esses questionamentos ajudam o profissional a ter um autoconhecimento e a entender que nada do que se fez até agora será jogado fora. Todo o estudo, conhecimento, vivências e experiências serão agregadas ao que se quer conquistar.

Essa necessidade de transição de carreira afeta principalmente as mulheres quando falamos de rotina de vida, afinal as mudanças no cotidiano com a chegada dos filhos, por exemplo, têm ainda um impacto maior para nós, e nesse momento muitas pensam até em mudar de profissão para se adequar às novas atribuições.

Fato é que, com o autoconhecimento, nós mulheres conseguimos observar quantas de nossas características e talentos podem ser convertidos até em uma nova fonte de renda autônoma – muitas novas empreendedoras têm surgido nos últimos anos justamente por isso.

O grande segredo é buscar clareza e direcionamento. Clareza para saber onde você quer chegar – e será que este destino realmente vai trazer a satisfação que você busca? Muitas vezes não é possível fazer isso sozinha, então a busca por um profissional qualificado também pode lhe ajudar a dar direcionamento para de fato alcançar este novo lugar.

 

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.