No episódio de hoje, o podcast Retrogosto recebeu Heitor Werneck reconhecido como estilista, figurinista, produtor de moda e eventos. Ganhou destaque nos anos 90 com a criação da grife Escola de Divinos e sua influência no mundo da TV e do streaming. Heitor, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA), teve o diagnóstico já na fase adulta, e hoje defende os direitos civis do portador TEA. Durante a gravação falamos sobre suas vivências em uma sociedade onde o autismo ainda é visto como um tabu.

“Não gosto quando falam sobre ser um autista nível leve, médio ou severo… Porque eu não gosto de colocar minha vida no degrau de vida severa, minha vida é leve. É necessário ser resiliente! Mesmo que eu sinta que qualquer toque na minha pela seja uma faca, ou um barulho contínuo que me deixa agitado…”, comenta Heitor flutua entre o nível II e III de TEA.

Empenhado na organização da Parada LGBT de 2023, responsável por selecionar atrações da Feira Cultural da Diversidade LGBT. Comenta sobre a falta de políticas públicas para abraçar a comunidade, principalmente aqueles que são espectros também.

“Eu gosto de viver no Espectro Autista. E cada autista é único, pois dentro da comorbidade existe uma leva de pessoas muito inteligentes, por exemplo o homem que fez o Google Maps. Ele é um Autista não verbal, mas mapeou o mundo inteiro… Os autistas não tem o lóbulo frontal, por isso temos mais capacidade de neurônio, por exmeplo…”, Heitor comenta sobre como foi descobrir seu transtorno e qual a relação do autismo com os índices de inteligência.

O Autismo pode apresentar características como hipossensibilidade e hipersensibilidade, explica o convidado. Por esse motivo optou por praticar a suspensão corporal e alguns outros hobbies específicos.

“A gente é um corpo político, a importnacia de leventar a bandeira sobre nossas dificuldades. Sempre me preocupei muito com o fomento do estado enquanto o autismo, é constitucional!”, complementa.