Mulher troca sonho de ser delegada para vender roupas no Brás: ‘Moda falou mais alto’

Quem vai ao Brás, centro popular de compras do setor têxtil, em São Paulo, sabe que comerciantes brasileiros e estrangeiros se misturam em busca de clientes ávidos por roupas com bons preços.

No meio deles, a baiana Mary Jane, nascida em Brejinho das Ametistas, se destaca. Ela se tornou uma das mais bem sucedidas empresárias da região e escolheu a área em que atua ainda na infância.

Apesar de ter visto muitas pedras preciosas no centro de mineração, principalmente, o diamante, ela e sua família viviam uma triste realidade e passaram por muitas dificuldades.

“Saí da Bahia com 7 anos de idade em busca de uma vida melhor. Aos 12 anos, já conhecia o Brás e me apaixonei pelas pessoas”, lembra ela, que chegou a trabalhar com serviços de pedreiro.

“Foi então que descobri minha paixão por cuidar de mulheres e o desejo de vender roupa de luxo. Sempre gostei de coisas diferentes e bonitas, e caras, por sinal”, diz a comerciante, de 37 anos.

Nas araras, a peça mais cara é vendida a R$ 300.

Formada em Direito, ela abriu mão do sonho de ser delegada de polícia para se tornar uma especialista em moda feminina, criar a própria confecção, palestrar e transformar a autoestima e a vida de milhares de clientes, que ela chama de suas “luxuosas”.

“Estagiei por um ano na delegacia, mas a paixão pela moda foi maior”, resume ela, que é considerasa a maior atacadista de luxo do Brás.