A Polícia Civil indiciou a empresária Jaqueline Santos Ludovico por lesão corporal e injúria. No início de fevereiro, ela foi flagrada ao atacar um casal gay em uma padaria na Santa Cecília, na região central de São Paulo.

Para o crime de lesão corporal, a pena varia de três meses a um ano; para o injúria, de um a seis meses. Agora, cabe ao MPSP (Ministério Público de São Paulo) decidir se vai ou não apresentar denúncia contra Jaqueline dos Santos Ludovico.

O ataque homofóbico aconteceu na madrugada de 3 de fevereiro contra o assessor de imprensa Rafael Gonzaga, 32 anos, e o engenheiro civil Adrian Grasson, 32. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi).

O casal disse ter sido atacado ao tentar estacionar o carro. Em depoimento à polícia, eles relataram que havia três pessoas em pé no local, paradas na vaga. Quando o casal se aproximou para estacionar, duas pessoas saíram, mas a mulher teria permanecido lá, com os braços cruzados, até ser retirada pelo homem que a acompanhava. A suspeita teria ficado contrariada e reagiu, atacando o carro e o casal, inclusive dentro do estabelecimento.

Além das agressões físicas, a mulher proferiu falas homofóbicas contra o casal. “Só que eles acham que são viados e podem fazer o que eles querem, até onde a gente está… de boa. E está achando que pode fazer o que quer, porque dá o c*. E os valores estão sendo invertidos, tá?! Tá bom?! Eu sou de família tradicional, tenho educação. Diferente dessa porra aí”, disse.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), “as investigações prosseguem por meio de inquérito policial para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos”.