Vivian Herculano, de 29 anos, foi ao Centro de Combate ao Coronavírus de São Vicente, no litoral paulista. A recepcionista estava com suspeita de ter contraído o Covid-19. Durante a consulta, ela alega que sofreu assédio do médico.

Segundo a prefeitura de São Vicente, o médico foi afastado das suas atividades e o caso está sendo analisado.

O caso aconteceu no último dia 4 de agosto, conforme boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

“Oportunidade, vontade ou coragem” “Ele começou a fazer perguntas pessoais e a insistir que eu precisava relaxar mais, que o que eu tinha era estresse. Então pediu uma radiografia de tórax e quando eu retornei com o exame ele encostou a porta, quase fechando, e começou a falar que faltavam três coisas para eu melhorar: oportunidade, vontade ou coragem, e que a oportunidade estava ali, era só fechar a porta”, relata Vivian.

Diante da declaração, a recepcionista foi até direção do hospital e denunciou o assédio.

“Eu nunca tinha passado por isso. A ficha caiu quando eu saí da sala e comecei a pensar em meninas mais jovens que poderiam ser ainda mais vulneráveis. Se eu fiquei sem reação, imagina uma menina de 18, 19 anos? Ele precisa arcar com as consequências do que fez”, ressalta.

O suspeito foi procurado, mas até o momento não houve retorno.

Para quem pratica o crime de importunação sexual, o Código Penal prevê de 1 a 5 anos de prisão. A conduta consiste em praticar contra alguém e sem a sua anuência, ato libidinoso com o objetivo de satisfazer o próprio desejo ou o de terceiro.