Uma mulher australiana ficou desolada após receber a notícia de que seu marido havia se suicidado apenas dois meses depois de o casal perder os bebês gêmeos, que estavam esperando. Adam Edwards, de 32 anos, teria tirado a própria vida numa mina em região remota da Austrália, na quinta-feira, 21. Segundo a mídia internacional, o homem não conseguiu lidar com as questões de saúde mental geradas pela morte dos seus filhos.

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Resumo:

  • O casal perdeu os dois bebês depois de 21 semanas e sete anos na tentativa de efetuar uma fertilização in vitro;
  • Adam Edwards se suicidou em uma mina em região remota da Austrália;
  • Lucy pediu para que a morte do marido dela deixe um legado de conscientização em relação à saúde mental.

O casal tinha anunciado a gravidez de Lucy Edwards em fevereiro de 2023, após os dois passarem sete anos tentando efetuar uma fertilização in vitro. Entretanto, em julho, os bebês de apenas 21 semanas acabaram morrendo durante a gestação. Segundo o DailyMail, a família teria preparado um funeral para os dois filhos, que já tinham os nomes definidos.

Em uma postagem nas redes sociais, Lucy divulgou uma foto do casal segurando os dois bebês e com fortes declarações de amor ao seu marido, agora morto. “Amar Adam Edwards foi um privilégio e um prazer em minha vida, não sei como continuar sem você.”

A mulher completa dizendo que ser amada por seu marido era o maior presente que qualquer um poderia ter pedido. “Eu faria qualquer coisa por um último beijo, um último abraço ou um último dia juntos. Por favor cuide dos nossos bebês”, finalizou.

Em uma entrevista ao DailyMail, Lucy Edwards disse que a morte de Adam mostra a importância da saúde mental para os homens. “Eu espero que nenhuma outra família passe por isso […] Minha vida mudou para sempre depois que eu recebi as notícias, a morte de Adam foi súbita e inesperada, e ele morreu sozinho a quilômetros da nossa casa em Perth.”

Lucy acredita que o trabalho dele em uma mineradora fez com que Adam passasse os piores momentos de seu luto, sozinho e longe de sua família. “Quando um homem saudável e jovem morre dessa forma, é natural as pessoas assumirem que é o resultado de uma longa batalha emocional, mas esse não era o caso do meu marido. Pelos últimos meses, durante períodos de dor inimagináveis, Adam foi o meu porto seguro”.

A expectativa da mulher é a de que a trágica morte de Adam Edwards gere uma mudança que vai prevenir situações similares de ocorrerem em outras famílias. “Precisamos de mais conversas em grupo sobre o impacto da infertilidade e a perda de bebês natimortos. Precisamos entender melhor o impacto do luto na saúde de uma pessoa.”

Lucy ainda disse que não existe vergonha e nem estigma em aceitar a ajuda quando necessária.